O ABORTO
22/06/2010-Finalmente a questão do aborto foi citada por José Serra, e como eu faço parte de uma minoria de mulheres que condena a prática e ainda mais a legalização da mesma...foi uma grata surpresa ver que o socialista tucano diverge do discurso da esquerda radical que defende a descriminalização do aborto.
Já adianto que para condenar esta prática não me norteio por conceitos religiosos, mas tão somente por um valor ético que imagino deva ter a Vida.
Os defensores do aborto legal partem da premissa de que as mulheres são donas de seus corpos e portanto tem o direito de decisão sobre tudo que diz respeito a eles. Ninguem pode contestar este abissal argumento que vale, aliás, para qualquer sêr humano e não só para os do sexo feminino.
Sucede que um feto , seja de um dia, seja de 4 ou 8 semanas, não faz parte do corpo de uma mulher, não é uma pinta que nasceu com ele. Ele alí está independente de sua própria vontade, só por livre escolha ou por total irresponsabilidade de duas pessoas que interagiram para sua formação. Irresponsabilidade sim, pois o uso da pílula veio para que as mulheres pudessem decidir por ter ou não ter um filho através de uma relação sexual, e gerou o resultado inesperado mas feliz de as mulheres ainda poderem se entregar , como os homens, ao prazer do sexo pelo sexo, sem temer uma possivel gestação. Mas a pílula , além do aspecto positivo, teve uma consequencia bastante desfavorável: muitas mulheres sentiram-se tão liberadas para usufruir do prazer da prática do sexo de forma indiscriminada e irresponsável que se esqueceram da própria pílula e do dever de tomá-la . A tal ponto o "exercício contínuo" deixou-lhes a moral torta que hoje fazem sexo sem a menor prevenção...e colocam crianças no mundo para largarem-nas depois em lixeiras deste país. Essa imagem reflete bem o conteúdo amoral destas cidadãs que fazem sexo da pior espécie e em suas próprias cabeças decidem que o que resultou dele só merece ser jogado no lixo...
O que fazer com estas pessoas que chegaram ao degrau mais abjeto da miséria humana? Se dependesse de mim, uma cirurgia que as impossibilitasse de gerar filhos. Elas não merecem esta graça.
Voltando ao tema aborto: eu também advogo que as mulheres são donas de seus corpos. Mas nada além disso. Porque um feto gerado em seus úteros não são verrugas a serem extirpadas, nem apêndices supurados para se cortar e jogar fora. Um feto é um indíviduo que ocupa um espaço dentro do corpo de uma mulher porque a natureza assim decidiu ser esta a forma de nos reproduzirmos. E eu pergunto: quem dá a esta mulher o direito de morte sobre um feto que cresce dentro de si se nem para hediondos criminosos os defensores do aborto aceitam que a pena de morte seja aplicada? Qual agravante criminal mais que hediondo pesa sobre este pequeno sêr para merecer ser executado dentro do útero materno?
E que direito tem as mulheres de transformar seu útero em câmaras de extermínio?
José Serra está certo quando diz que descriminalizar o aborto seria liberar a chacina. Mas não somente isso. Seria levar o caos ao sistema público de saúde. Pois uma gestação para ser interrompida não pode esperar na fila do SUS...não é mesmo? E o que se veria é centros cirurgicos serem ocupados por uma multidão de mulheres irresponsáveis para a prática de abortos enquanto pacientes necessitando de cirurgias de coração, de cânceres...morreriam na fila de espera.
Até onde entendo, deveria se cobrar das mulheres mais respeito por sí próprias e mais responsabilidade na sua conduta. Se houvesse uma penalidade para mulheres que engravidam aleatoriamente, a imposição de pagamento de multa por excesso de permissividade irresponsável...garanto que nunca mais elas esqueceriam de tomar a pílula, ou exigir de seus parceiros o uso do preservativo. Já se diz que o brasileiro só aprende quando dói no bolso.
Mara Montezuma Assaf