Como meio de elaboração, o Espiritismo procede exatamente da mesma forma que as ciências positivas, aplicando o método experimental. Fatos novos se apresentam, que não podem ser explicados pelas leis conhecidas; o Espiritismo ele os observa, compara, analisa e, remontando dos efeitos às causas, chega à lei que os rege; depois, deduz-lhes as conseqüências e busca as aplicações úteis.
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O Espiritismo não estabeleceu nenhuma teoria preconcebida;
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assim, não apresentou como hipóteses...
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a existência e a intervenção dos Espíritos,
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nem o perispírito,
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nem a reencarnação,
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nem qualquer dos princípios da doutrina;
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concluiu pela existência dos Espíritos, quando essa existência ressaltou evidente da observação dos fatos, procedendo de igual maneira quanto aos outros princípios.
Não foram os fatos que vieram a posteriori confirmar a teoria: a teoria é que veio subseqüentemente explicar e resumir os fatos. É, pois, rigorosamente exato dizer-se que o Espiritismo é uma ciência de observação e não produto da imaginação. As ciências só fizeram progressos importantes depois que seus estudos se basearam sobre o método experimental; até então, acreditou-se que esse método também só era aplicável à matéria, ao passo que o é também às coisas metafísicas.
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Assim como a Ciência propriamente dita tem por objeto o estudo das leis do princípio material,
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o objeto especial do Espiritismo é o conhecimento das leis do principio espiritual.
Como o princípio espiritual é uma das forças da Natureza, a reagir incessantemente sobre o principio material e reciprocamente, segue-se que o conhecimento de um não pode estar completo sem o conhecimento do outro.
O Espiritismo e a Ciência se completam reciprocamente;...
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a Ciência, sem o Espiritismo, se acha na impossibilidade de explicar certos fenômenos só pelas leis damatéria;
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ao Espiritismo, sem a Ciência, faltariam apoio e comprovação.
O estudo das leis da matéria tinha que preceder o da espiritualidade, porque a matéria é que primeiro fere os sentidos. Se o Espiritismo tivesse vindo antes das descobertas científicas, teria abortado, como tudo quanto surge antes do tempo.
Os homens, cada vez mais esclarecidos, à medida que novos fatos e novas leis se forem revelando, saberão separar da realidade os sistemas utópicos.
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As ciências tornam conhecidas algumas leis;
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o Espiritismo revela outras;
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todas são indispensáveis à inteligência dos Textos Sagrados de todas as religiões, desde Confúcio e Buda até o Cristianismo.
Quanto à teologia, essa não poderá judiciosamente alegar contradições da Ciência, visto como também ela nem sempre está de acordo consigo mesma.