O LIVRO DOS ESPÍRITOS - obra codificada por Allan Kardec - Livro Segundo - qq. 456 a 521
RESUMOS: Síntese de O Livro dos Espíritos, P. Godoy Paiva
Diagramação e pesquisa: Elio Mollo
1. Faculdade, que têm os Espíritos, de penetrar os nossos pensamentos. - 2. Influência oculta dos Espíritos em nossos pensamentos e atos. - 3. Possessos. - 4. Convulsionários. - 5. Afeição que os Espíritos votam a certas pessoas. - 6. Anjos guardiães ou anjos de guarda. Espíritos protetores, familiares ou simpáticos.
PENETRAÇÃO DE NOSSO PENSAMENTO PELOS ESPÍRITOS
Os Espíritos podem ver tudo o que nós fazemos, visto que nos rodeiam incessantemente. Todavia, cada um não vê senão as coisas sobre às quais dirige sua atenção, porque com aqueles que lhes são indiferentes, eles não se preocupam. (LE - 456)
Freqüentemente, os Espíritos podem conhecer nossos mais secretos pensamentos, inclusive eles conhecem aquilo que queremos ocultar a nós mesmos; nem atos, nem pensamentos podem lhe ser dissimulados.(LE - 457)
É mais fácil esconder uma coisa de uma pessoa viva que fazê-lo a essa mesma pessoa depois de sua morte. E quando acreditamos estar bem ocultos, freqüentemente, existe uma multidão de Espíritos, ao nosso lado, que nós vêem. .(LE - 457a)
Depende muito da categoria dos Espíritos que estão ao nosso redor e, que nos observam, a análise que eles fazem de nós; por exemplo: Os Espíritos frívolos se riem dos pequenos aborrecimentos que nos suscitam e zombam das nossas impaciências. Os Espíritos sérios lastimam nossos defeitos e procuram nos ajudar. (LE - 458)
RESUMO
Os Espíritos podem ver tudo o que fazemos, pois que constantemente nos rodeiam. Cada um, porém, só vê aquilo a que dá atenção. Muitas vezes chegam a conhecer o que desejaríamos ocultar até de nós mesmos. Nem atos nem pensamentos se lhes podem dissimular.
INFLUÊNCIA OCULTA DOS ESPÍRITOS SOBRE OS NOSSOS PENSAMENTOS E SOBRE AS NOSSAS AÇÕES
A influência dos Espíritos sobre os nossos pensamentos e as nossas ações, é maior do que podemos acreditar, freqüentemente, são eles que nos dirigem.(LE - 459)
Temos pensamentos que são nossos e outros que nos são sugeridos. Por exemplo: Somos Espíritos que pensamos, assim, não podemos ignorar que vários pensamentos nos alcançam, ao mesmo tempo, sobre o mesmo assunto e, freqüentemente, bem contrários uns dos outros; então, há sempre de nós e outros que nos são sugeridos pelos Espíritos e, é isso que nos coloca na incerteza, posto que temos em nós duas idéias que se combatem.(LE - 460)
Quando um pensamento é sugerido, é como uma voz que nos fala. Os pensamentos próprios são, em geral, aqueles do primeiro momento. De resto, não há um grande interesse para vós nessa distinção, e é freqüentemente útil não sabermos. O homem age mais livremente e, se ele se decide pelo bem, o faz mais voluntariamente; se toma o mau caminho, não tem nisso senão mais responsabilidades.(LE - 461)
Algumas vezes, os homens de inteligência e de gênio haurem idéias de sua própria natureza íntima, porém, freqüentemente, elas lhes são sugeridas por outros Espíritos que os julgam capazes de as compreender e dignos de as transmitir. Quando eles não as encontram em si, apelam à inspiração; é uma evocação que fazem sem o suspeitar.(LE - 462)
NOTA DE ALLAN KARDEC: Se fosse útil que pudéssemos distinguir claramente nossos próprios pensamentos daqueles que nos sugeridos, Deus nos teria dado o meio, como ele nos deu o de distinguir o dia da noite. Quando uma coisa é vaga, é que assim deve ser para o bem.
Não é exato dizer que o primeiro impulso é sempre bom; pode ser bom ou mau, segundo a natureza do Espírito encarnado. É sempre bom para aquele que ouve as boas inspirações.(LE - 463)
Para distinguir se um pensamento sugerido vem de um bom ou de um mal Espírito, é necessário examinar o pensamento: os bons Espíritos só aconselham o bem; cabe a nós distinguir.(LE - 464)
Os Espíritos imperfeitos nos induzem ao mal para nos fazer sofrer como eles. Eles fazem isso por inveja de verem criaturas mais felizes que eles. E normalmente a natureza dos sofrimento que eles querem nos fazer experimentar, e nos ver cair, para nos afastar de Deus.(LE - 465a e b)
Os Espíritos imperfeitos são instrumentos destinados a experimentar a fé e a constância dos homens no bem. O Espírito deve progredir na ciência do infinito e é por isso que passa pelas provas do mal para alcançar o bem. A missão dos Bons Espíritos é de colocarem os homens no bom caminho, e quando as más influências agem sobre o homem, é que ele as atrai sobre si pelo desejo de fazer o mal, quando ele tem vontade de praticá-lo. Os maus Espíritos não tem condição de ajudar alguém de fazer o mal, senão quando esse alguém desejar praticar o mal. Se uma pessoa tiver propensão ao homicídio, terá uma multidão de Espíritos que procurarão manter esse pensamento nessa pessoa; mas, também, terão outros que se esforçarão em influenciar essa pessoa a ter bons pensamentos, o que faz restabelecer a balança, e fazer com que essa pessoa decida por si mesma, de praticar o homicídio ou não.(LE - 466)
NOTA DE ALLAN KARDEC: É assim que Deus deixa à nossa consciência a escolha do caminho que devemos seguir, e a liberdade de ceder a uma ou outra das influências contrárias que exercem sobre nós.
Pode-se libertar da influência dos Espíritos que nos solicitam ao mal, porque eles não se ligam senão aos que os solicitam por seus desejos ou os atraem por seus pensamentos.(LE - 467)
Os Espíritos cuja influência é repelida pela vontade, renunciam as suas tentativas. Quando não há nada a fazer, eles cedem o lugar; entretanto, aguardam o momento favorável, como o gato espreita o rato.(LE - 468)
O único meio de neutralizar a influência dos maus Espíritos é fazendo o bem e colocando toda a confiança em Deus, assim, se repele a influência dos Espíritos inferiores, e se destroi o império que eles querem tomar sobre nós. Deve-se evitar de escutar suas sugestões, ou seja, aquelas que suscitam os maus pensamentos, as discórdias e aquelas que excitam as más paixões. Deve-se desconfiar sobretudo, daqueles que exaltam o orgulho porque as tomam por nossa fraqueza. Eis porque Jesus nos faz dizer na oração dominical: “Senhor! não nos deixeis sucumbir à tentação, mas livrai-nos do mal”.(LE - 469)</ꎐƬ춬瘪拠δ듐δ>
Nunca um Espírito recebe a missão de fazer o mal. Quando ele o faz é por sua própria vontade e, por conseguinte, lhe suporta as conseqüências. Deus pode deixá-lo fazer para nos experimentar, mas não lhe ordena, e está em nós a decisão de repeli-lo ou não.(LE - 470)
Quando experimentamos um sentimento de angústia, de ansiedade indefinível ou de satisfação interior sem causa conhecida, são quase sempre, comunicações que temos inconscientemente, com os Espíritos, ou que tivemos com eles durante o sono.(LE - 471)
Os Espíritos que querem nos excitar ao mal, aproveitam a circunstância, mas, freqüentemente, a provocam, compelindo-nos, inconscientemente, ao objeto da nossa cobiça. Assim, por exemplo, um homem encontra sobre seu caminho uma soma de dinheiro; não creiais que foram os Espíritos que levaram o dinheiro para esse lugar, mas eles podem dar ao homem o pensamento de se apoderar dele, enquanto outros lhe sugerem o de entregar esse dinheiro aquele a quem pertence. Ocorre o mesmo em todas as outras tentações.(LE - 472)
RESUMO
Os Espíritos influem a tal ponto, em nossos pensamentos e atos, que de ordinário são eles que nos dirigem. No conjunto de nossos pensamentos estão sempre de mistura os que são nossos e o que são dos Espíritos. Daí a incerteza em que nos vemos quando temos duas idéias a se combaterem em nossa mente. Mas o homem tem o direito de agir com liberdade; se se decide pelo bem, melhor para ele; se se decidir pelo mal, assumirá responsabilidade de seu ato. Pode o homem eximir-se da influência dos Espíritos que procuram arrastá-lo ao mal, visto que tais Espíritos só se apegam aos que, pelos seus desejos, os chamam, ou aos que, pelos seus pensamentos, os atraem.
POSSESSOS
Um Espírito não pode revestir o envoltório físico de uma outra pessoa, nem que seja momentaneamente, pois, não é como a porta de uma casa. Ele se afina com um Espírito encarnado que tem os mesmos defeitos e as mesmas qualidades para agir conjuntamente. Mas é sempre o Espírito encarnado que age como quer sobre a matéria da qual está revestido. Um Espírito não pode substituir aquele que está encarnado, porque o Espírito e o corpo estão ligados até o tempo marcado para o término da existência material.(LE - 473)
Não há possessão propriamente dito, quer dizer, coabitação de dois Espíritos no mesmo corpo, a alma pode se encontrar na dependência de um outro Espírito, de maneira a estar por ele subjugada ou obsedada, a ponto que sua vontade esteja, de alguma sorte, paralisada, e esses são os verdadeiros possessos. Mas essa dominação não se faz jamais sem a participação daquele que a suporta, seja por sua fraqueza, seja por seu desejo. Têm-se tomado, freqüentemente, por possessos os epilépticos ou os loucos que têm mais necessidade de médico que de exorcismo.(LE - 474)
NOTA DE ALLAN KARDEC: A palavra possesso, em seu sentido vulgar, supõe a existência de demônios, quer dizer, de uma categoria de seres de natureza má, e a coabitação de um desses seres com a alma no corpo de um indivíduo. Posto que não há demônios nesse sentido, e que dois Espíritos não podem habitar simultaneamente o mesmo corpo, não há possessos segundo a idéia ligada a essa dependência absoluta em que a alma pode se encontrar em relação a Espíritos imperfeitos que a subjugam.
Pode-se, por si mesmo, afastar os maus Espíritos e se libertar de sua dominação, ou seja, sacudir um jugo, quando se tem vontade firme.(LE - 475)
Pode acontecer que a fascinação exercida por um Espírito mau seja tal que a pessoa subjugada não a perceba, então, a vontade de um homem de bem pode ajudar apelando pelo concurso dos bons Espíritos, porque quanto mais se é um homem de bem, mais se tem poder sobre os Espíritos imperfeitos para os afastar, e sobre os Espíritos bons, para os atrair. Entretanto, seria incapaz se aquele que está subjugado não consentir nisso. Existem pessoas que se alegram em uma dependência que agrada seus gostos e seus desejos. Em todos os casos, aquele cujo coração não é puro, não pode ter nenhuma influência; os bons Espíritos o abandonam e os maus não o temem.(LE - 476)
- As fórmulas de exorcismo não têm qualquer eficácia contra os maus Espíritos, pois eles se riem e se obstinam quando vêem alguém levar as suas traquinagens a sério.(vide item anterior sobre <um homem de bem>)(LE - 477)
O melhor meio de se livrar dos Espíritos obsessores é cansar sua paciência, não tomar conhecimento de suas sugestões, mostrar-lhes que perdem tempo; então, quando vêem que não têm nada a fazer, eles se vão.(LE - 478)
A prece é um meio poderoso e eficaz para se socorrer em tudo, inclusive a obsessão, mas, não basta murmurar algumas palavras para obter o que se deseja. Deus assiste aqueles que agem e não aqueles que se limitam a pedir. É necessário, pois, que o obsidiado faça, a seu turno, aquilo que é necessário para destruir, em si mesmo, a causa que atrai os maus Espíritos.(LE - 479)
A expulsão dos demônios, de que fala o Evangelho, depende da interpretação. Se chamais demônio a um mau Espírito que subjugue um indivíduo, quando a sua influência for destruída, ele será verdadeiramente expulso. Se atribuis uma doença ao demônio, quando houverdes curado a doença direis, também, que expulsastes o demônio. Uma coisa pode ser verdadeira ou falsa segundo o sentido que se der as palavras. As maiores verdades podem parecer absurdas quando não se olha senão a forma, e quando se toma a alegoria pela realidade. Compreendei bem isto e o guardai, pois é de uma aplicação geral.(LE - 480)
RESUMO
O estado de possessão não é o de um Espírito que entre em um corpo, como se entrasse em uma casa. O possessor identifica-se com o Espírito encarnado cujos defeitos e qualidades sejam os mesmos que os seus, a fim de obrar conjuntamente com ele. O encarnado, porém é sempre quem atua, conforme quer, sobre a matéria de que se acha revestido. Um Espírito não pode substituir-se ao que está encarnado. A dominação não se efetua nunca sem que aquele que a sofre o consiste, quer pela sua fraqueza, quer porque a deseje, sempre é possível, a quem quer que seja, subtrair-se ao jugo do possessor desde que, com vontade firme, o queira.
CONVULSIONÁRIOS
Os Espíritos exercem um papel muito grande nos fenômenos que se produzem nos indivíduos designados sob o nome de convulsionários, assim como o magnetismo, que lhe é fonte primeira. Todavia o charlatanismo, freqüentemente, tem explorado e exagerado esses efeitos, o que os tem feito cair no ridículo.(LE - 481)
Os Espíritos que concorrem para essa espécie de fenômenos, são de natureza pouco elevada. Os Espíritos superiores não se divertem com semelhante coisas.(LE - 481a)
O estado anormal dos convulsionários e dos que sofrem crises podem acontecer subitamente em toda uma população pelo efeito simpático; as disposições morais se comunicam muito facilmente em certos casos. Basta conhecer os efeitos magnéticos para compreender isso e a parte que certos Espíritos deve nisso tomar por simpatia aqueles que os provocam.(LE - 482)
NOTA DE ALLAN KARDEC: Entre as faculdades estranhas que se distinguem nos convulsionários, reconhecem-se sem dificuldade as que o sonambulismo e o magnetismo oferecem numerosos exemplos: tais são, entre outras, a insensibilidade física, o conhecimento do pensamento, a transmissão simpática das dores, etc. Não se pode, pois, duvidar que os que sofrem crises não estejam em uma espécie de sonambulismo desperto, provocado pela influência que exercem uns sobre os outros. Eles são, ao mesmo tempo, magnetizadores e magnetizados, sem o saberem.
A causa de insensibilidade física que se nota em convulsionários, ou em outros indivíduos submetidos às torturas atrozes, é um efeito exclusivamente magnético que age sobre o sistema nervoso, da mesma maneira que certas substâncias. Em outros, a exaltação do pensamento enfraquece a sensibilidade, porque a vida parece retirar-se do corpo para se transportar ao Espírito. Quando o Espírito está fortemente preocupado com alguma coisa, o corpo não sente, não vê e não ouve nada.(LE - 483)
NOTA DE ALLAN KARDEC: A exaltação fanática e o entusiasmo oferecem, freqüentemente, nos suplícios, o exemplo de uma calma e de um sangue-frio que não triunfariam de uma dor aguda se não se admitisse que a sensibilidade se encontra neutralizada por uma espécie de efeito anestésico. Sabe-se que no calor do combate a pessoa não se apercebe, freqüentemente, de um ferimento grave, enquanto que, em circunstâncias ordinárias, uma arranhadura a faria estremecer.
Visto que esses fenômenos dependem de uma causa física e da ação de certos Espíritos, pode-se perguntar como ele pôde depender da autoridade para cessar em certos casos. A razão é simples. A ação dos Espíritos não é aqui senão secundária; eles não fazem mais que aproveitar uma disposição natural. A autoridade não suprimiu essa disposição, mas a causa que a entretinha e exaltava; de ativa passou a latente, e tinha razão de agir assim, porque resultava do abuso e escândalo. Sabe-se, de resto, que essa intervenção nenhum poder tem quando a ação dos Espíritos é direta e espontânea.
RESUMO
Concorrem para a produção do fenômeno de convulsão os Espíritos de categoria pouco elevada. Tudo é feito de simpatia. As disposições morais se comunicam muito facilmente, em certos casos. Nalguns, o fenômeno é exclusivamente efeito de magnetismo, que atua sobre o sistema nervoso. Em outros, a exaltação do pensamento embota a sensibilidade. Quando o Espírito está vivamente preocupado com uma coisa, o corpo nada sente, nada vê e nada ouve.
AFEIÇÃO DOS ESPÍRITOS POR CERTAS PESSOAS
Os Espíritos se afeiçoam de preferência por certas pessoas; os bons Espíritos simpatizam com homens de bem, ou suscetíveis de se melhorarem; os Espíritos inferiores com os homens viciosos ou que possam vir a sê-lo. Dai sua afeição, por causa da semelhança das sensações.(LE - 484)
A afeição verdadeira nada tem de carnal; mas, quando um Espírito se liga a uma pessoa, nem sempre é por afeição e pode aí misturar uma lembrança das paixões humanas.(LE - 485)
Os bons Espíritos fazem o bem possível e ficam felizes com todas as nossas alegrias. Eles se afligem com os nossos males, principalmente quando não as suportamos com resignação, porque esses males ficam sem resultados para nós; é como o doente que rejeita a bebida amarga que deve curá-lo. (LE - 486)
Entre o mal físico e o mal moral, o que mais afligem os Espíritos por nós, é o egoísmo e a dureza de coração: porque é dai que tudo deriva. Eles se riem de todos esses males imaginários que nascem do orgulho e da ambição, e se regozijam com aqueles que têm por efeito abreviar o nosso tempo de prova.(LE - 487)
NOTA DE ALLAN KARDEC: Os Espíritos, sabendo que a vida corporal é transitória e que as tribulações que a acompanham são os meios de chegar a um estado melhor, se afligem mais pelas causas morais que nos distanciam deles, que pelos males físicos, que são passageiros.
Os Espíritos se inquietam pouco a pouco com as infelicidades que não afeta senão as nossas idéias mundanas, como fazemos com os desgostos pueris da infância.
Os Espíritos que vêem nas aflições da vida um meio de progresso para nós, consideram-nas como a crise momentânea que deve salvar o doente. Eles se compadecem dos nossos sofrimentos, como nos compadecemos com os de um amigo. Todavia, vendo as coisas de um ponto de vista mais justo, eles as apreciam de outro modo que o nosso, e enquanto os bons levantam nossa coragem no interesse do nosso futuro, os outros excitam-nos ao desespero, tendo em vista comprometê-lo.
Nossos parentes e nossos amigos, que nos precederam na outra vida, têm por nós mais simpatia que os Espíritos que nos são estranhos, e freqüentemente ele nos protegem como Espíritos, segundo o seu poder e, eles são muitos sensíveis, mas eles esquecem aqueles que os esquecem. (LE - 488)
RESUMO
Os bons Espíritos simpatizam com os homens de bem ou susceptíveis de se melhorarem. Os inferiores, com os homens viciosos ou que podem tornar-se tais. Daí suas afeições, como conseqüência da conformidade de sentimentos. A verdadeira afeição, entretanto, nada tem de carnal. Os bons Espíritos fazem todo o bem que lhes é possível e se sentem ditosos com as nossas alegrias. Afligem-se com os males, quando os não suportamos com resignação, porque nenhum benefício, então, tiramos deles. Os parentes e amigos, que nos votam que aqueles que nos são estranhos, e sempre nos protegem, na medida do poder de que dispõem.
ANJOS GUARDIÃES, ESPÍRITOS PROTETORES, FAMILIARES OU SIMPÁTICOS
Os Espíritos que se ligam a um indivíduo em particular para o proteger, e o que podemos chamar de irmão espiritual, o bom Espírito ou o bom gênio.(LE - 489)
Deve-se entender por anjo guardião, o Espírito protetor de uma ordem elevada.(LE - 490)
A missão do Espírito protetor é a de ser um pai sobre seus filhos: guiar seu protegido no bom caminho, ajudá-lo com seus conselhos, consolar suas aflições, sustentar sua coragem nas provas da vida.(LE - 491)
O Espírito protetor liga-se ao indivíduo no seu nascimento e estará junto dele até a morte, e, freqüentemente, o segue depois da morte na vida espírita, e mesmo em várias existências corporais, porque essas existências são apenas fases bem curtas com relação à vida do Espírito.(LE - 492)
O Espírito protetor é obrigado a velar por nós porque aceitou essa tarefa, mas pode escolher os seres que lhe são simpáticos. Para alguns é um prazer, para outros uma missão ou um dever. Mas, isso não o impede também de ajudar outras criaturas, só que o faz menos exclusivamente.(LE - 493)
Freqüentemente, ocorre que o Espírito protetor tem que deixar sua posição para executar outras missões; então, são substituídos.(LE - 494)
Mensagem de São Luiz e Santo Agostinho(495)
(neste texto foi mudado o tratamento de vós para nós)
O Espírito protetor se afasta quando vê seus conselhos inúteis, e que a vontade de sofrer a influência de Espíritos inferiores é mais forte. Todavia, não o abandona completamente, e se faz sempre ouvir sendo, então, o homem quem fecha os ouvidos. Ele retorna, desde que chamado.
É uma doutrina que deveria converter os mais incrédulos pelo seu encanto e pela doçura: a dos anjos guardiães. Pensar que se tem sempre perto de si seres que nos são superiores, que estão sempre aí para nos aconselhar, nos sustentar, nos ajudar a escalar a áspera montanha do bem, que são os amigos mais seguros e devotados do que as mais íntimas ligações que se possa contrair sobre a Terra, já é uma idéia bem consoladora. Esses seres estão perto de nós por ordem de Deus; Ele os colocou junto de nós, e estão, por seu amor, cumprindo uma bela, mas penosa missão. Onde estejamos, ele estará conosco: na prisão, nos hospitais, nos lugares de devassidão, na solidão, nada nos separa desse amigo invisível, mas do qual nossa alma sente os mais doces estímulos e ouve os sábios conselhos.
Devemos procurar conhecer melhor esta verdade! quantas vezes ela nos ajudou e ajudara ainda nos momentos de crise; quantas vezes ela nos salvou e salvará ainda dos ataques dos maus Espíritos! Todavia, no grande dia, este anjo de bondade terá freqüentemente de nos dizer: “Não te disse isto? e não fizeste; não te mostrei o abismo? e ai te precipitaste; não te fiz ouvir na consciência a voz da verdade? e seguistes os conselhos da mentira?” Procuremos interrogar nossos anjos guardiães; procuremos estabelecer entre eles e nós uma ternura íntima a mesma que reina entre os melhore amigos. Não pensemos em esconder-lhe nada, porque eles têm os olhos de Deus, e não o podemos enganar. Sonhemos com o futuro; procuremos avançar nesta vida e nossas provas serão mais curtas, nossas existências mais felizes. Caminhemos! homens de coragem; procuremos atirar para longe de nós, de uma vez por todas, preconceitos e idéias preconcebidas; vamos entrar juntos na nova estrada que se abre diante de nós; marchemos! temos orientadores, seguros: o objetivo não nos pode faltar, porque esse objetivo é Deus.
Aqueles que pensam ser impossível aos Espíritos verdadeiramente elevados, se sujeitarem a uma tarefa tão laboriosa e de todos os instantes, diremos que eles influenciam nossas almas mesmo estando a vários milhões de léguas de nós. Para eles o espaço não é nada, e mesmo vivendo em outro mundo, os Espíritos conservam sua ligação. Gozam, eles, de qualidades que não podemos ainda compreender, mas estejamos certos de que Deus não impôs a eles uma tarefa acima de suas forças, assim, como Ele não nos abandonou sós sobre a Terra, sem amigos sem apoio. Cada anjo guardião tem seu protegido sobre o qual vela, como um pai vela sobre o seu filho, e é feliz quando o vê no bom caminho, e sofre quando seus conselhos são menosprezados.
Não vamos nos preocupar em fatigar os anjos com nossas perguntas; procuremos estar ao contrário, sempre nos relacionando com eles: seremos mais fortes e mais felizes. São essas comunicações de cada homem com seu Espírito familiar que fazem todos os homens médiuns, médiuns hoje ignorados, mas que se manifestarão mais tarde e se espalharão como um oceano sem limites para repelir a incredulidade e a ignorância. Homens instruídos, instrui; homens de talento procuram elevar seus semelhantes. Procuremos continuar a obra do Cristo, a que Deus nos impôs. Por que Deus nos deu a inteligência e a ciência, para repartir com nossos irmãos, para os adiantar no caminho da alegria e da felicidade eterna.(LE - 495)
NOTA DE ALLAN KARDEC: A doutrina dos anjos guardiães, velando sobre seus protegidos, malgrado a distância que separa os mundos, não tem nada que deva surpreender; ela é, ao contrário, grande e sublime. Não vemos sobre a Terra um pai velar sobre o seu filho ainda estando longe, ajudá-lo com seus conselhos por correspondência? Que haverá, então, de espantoso em que os Espíritos possam guiar aqueles que tomaram sob sua proteção, de um mundo a outro, visto que, para eles, a distância que separa os mundos é menor que a que separa, sobre a Terra, os continentes? Não tem eles, por outro lado, o fluído universal que liga todos os mundos e os torna solidários, veículo imenso da transmissão dos pensamentos, como o ar é para nós o veículo da transmissão do som?
Quando os bons Espíritos têm que abandonar seus protegidos, não fazem, jamais, o mal; deixam que o façam aqueles que tomam o seu lugar; não podemos, então, acusar a sorte pelos infortúnios que nos acabrunham, quando é nossa a falta.(LE - 496)
Há união dos maus Espíritos para neutralizar a ação dos bons. Mas, se o protegido quiser, ele dará toda a força ao seu bom Espírito. O bom Espírito talvez encontre uma boa vontade, alhures, para ajudar, disto aproveita até seu retorno junto do seu protegido.(LE - 497)
Quando o Espírito protetor deixa seu protegido se transviar na vida, não é por falta de força, de sua parte, na luta contra outros Espíritos malévolos, é porque ele não quer. Seu protegido sai das provas mais perfeito e mais instruído. Ele o assiste com seus conselhos, pelos bons pensamentos que lhe sugere, mas que, infelizmente, não são sempre ouvidos. Não é senão a fraqueza, a negligência ou o orgulho do homem que dão força aos maus Espíritos; o poder deles sobre nós resulta de não lhes resulta de não lhes opormos resistência.(LE - 498)
Não é necessário o Espírito protetor estar constantemente com seu protegido. Há circunstâncias em que a presença do Espírito protetor não é necessária junto ao seu protegido.(LE - 499)
Quando se alcançar um grau de poder se conduzir a si mesmo, assim como, quando um escolar não tiver mais necessidade de um mestre, não haverá mais necessidade de se ter um anjo guardião; mas isso ainda esta longe de ocorrer aqui na Terra.(LE - 500)
A ação dos Espíritos sobre nossa existência é oculta e, não é feita de forma ostensiva, porque senão não agiríamos por nós mesmos, e nós como Espíritos não progrediríamos. Para que possa avançar é necessário a experiência e é preciso, freqüentemente, que se adquira às próprias custas; é preciso que exerça suas habilidades, sem isso seria como uma criança que não se permitisse andar sozinha. A ação dos Espíritos que nos querem bem é sempre regulada de maneira a nos deixar o livre arbítrio, porque se não tivermos responsabilidade não avançaremos no caminho que nos deve conduzir até Deus. O homem, não vendo o seu apoio, se entrega às suas próprias forças; seu guia, entretanto, vela sobre ele e, de tempos em tempos, lhe brada para desconfiar do perigo.(LE - 501)
É um mérito para o Espírito protetor, quando consegue conduzir seu protegido no bom caminho, seja para seu próprio adiantamento, seja por sua alegria. Ele é feliz quando vê seu desvelo coroado de sucesso, triunfando como um preceptor triunfa com o sucesso de seu aluno.(LE - 502)
O Espírito protetor não é responsável se não triunfar, visto que fez tudo aquilo que dependia de seu esforço.
O Espírito protetor sofre e lastima quando vê seu protegido seguir um mau caminho, malgrado os seus avisos. Só que essa aflição não tem as angústias da paternidade terrestre, porque sabe que há remédio para o mal, e que aquilo que não se faz hoje, far-se-á amanhã.(LE - 503)
Não há necessidade de conhecer o nome do nosso Espírito protetor, mas, podemos acreditar que é sempre um amigo, um conhecido nosso.(LE - 504)
Para invocá-lo, podemos lhe dar o nome que quisermos, inclusive o de um Espírito superior pelo qual temos simpatia ou veneração. Esse nosso Espírito protetor virá a esse apelo, porque todos os bons Espíritos são irmãos e se assistem entre si.(LE - 504a)
Nem sempre os nomes de pessoas conhecidas do qual os Espíritos protetores usam, são sempre dessas pessoas, mas o usam, porque tem simpatia por essas pessoas que lhes são simpáticas e que, freqüentemente, vêm por sua ordem. Normalmente ainda necessitamos de nomes, principalmente daqueles que nos inspiram confiança. Quando não podemos cumprir uma missão pessoalmente, não enviamos alguém do qual temos confiança para cumpri-la em nosso nome?(LE - 505)
Quando estivermos na vida espírita, reconheceremos nosso Espírito protetor e, ficaremos surpresos, porque normalmente, vamos verificar, que o conhecíamos antes de nos encarnarmos.(LE - 506)
Nosso Espírito protetor pode pertencer a uma classe de Espíritos superiores, pode também se encontrar entre os médios, pode ser até alguém que já foi nosso pai, só que a proteção supõe um certo grau de elevação, um poder ou uma virtude a mais, concedida por Deus. O pai que protege seu filho, pode ser, ele mesmo, assistido por um Espírito mais elevado.(LE - 507)
Os Espíritos que deixaram a Terra, mesmo aqueles a deixaram em boas condições, tem seus poderes mais ou menos restritos; a posição em que se encontram não lhes deixa toda a liberdade de agir. Assim, nem sempre podem proteger aqueles que amam e que ficaram na Terra.(LE - 508)
Cada homem tem um Espírito que vela sobre ele, seja no seu estado selvagem ou de inferioridade moral, mas as missões são relativas ao seu objetivo. Não podemos dar a uma criança que está aprendendo a ler um professor de filosofia. O progresso do Espírito familiar segue o do Espírito protegido. Tendo cada um de nós um Espírito superior que nos vela. Onde podemos, por outro turno, sermos protetor de um Espírito que nós é inferior, e os progressos que o ajudarmos a conquistar contribuirão para o nosso adiantamento. Deus não pede ao Espírito, além do que comportem sua natureza e o grau que alcançou.(LE - 509)
Nem sempre quando um pai que vela sobre o filho vem a reencarnar, continua a velar sobre ele, isso é bem mais difícil acontecer, mas ele convida, num momento de desprendimento, um Espírito simpático para o assistir nessa missão. Aliás, os Espíritos não aceitam senão missões que podem cumprir até o fim.
O Espírito encarnado, sobretudo nos mundos onde a existência material, está mais submetido ao seu corpo para poder ser inteiramente devotado, quer dizer, assistir pessoalmente. Por isso, aqueles que são bastante elevados, são, eles mesmos, assistidos por Espíritos que lhe são superiores, de tal sorte que se um falta por uma causa qualquer, é substituído por um outro.(LE - 510)
Os maus Espíritos procuram desviar do bom caminho um indivíduo quando encontram oportunidade; mas quando um deles se liga a um indivíduo, o faz por si mesmo, posto que espera ser escutado. Então, há luta entre o bom e o mau, e vence aquele que o homem deixar imperar sobre si.(LE - 511)
Cada homem tem sempre Espíritos simpáticos, mais ou menos elevados, que se afeiçoam e se interessam por ele, como tem os que os assistem no mal.(LE - 512)
Algumas vezes os Espíritos simpáticos agem em virtude de uma missão temporária mas, o mais freqüentemente, não são solicitados senão pela semelhança de pensamentos e de sentimentos no bem, como no mal.(LE - 513)
Existem diferenças entre Espíritos simpáticos, familiares e protetores, na proteção e na simpatia; O Espírito familiar é antes o amigo da casa.(LE - 514)
NOTA DE ALLAN KARDEC: Das explicações acima e das observações feitas sobre a natureza dos Espíritos que se ligam ao homem, pode-se deduzir o que se segue:
O Espírito protetor, anjo guardião ou bom gênio, é aquele que tem por missão seguir o homem na vida e ajudá-lo a progredir. Ele é sempre de uma natureza superior relativamente à do protegido.
Os Espíritos familiares se ligam a certas pessoas por laços mais ou menos duráveis tendo em vista ser-lhes úteis, no limite de seu poder, freqüentemente bastante limitado. Eles são bons mas, algumas vezes, pouco avançados e mesmo um pouco levianos. Eles se ocupam, de bom grado, dos detalhes da vida íntima e não agem senão por ordem ou com permissão dos Espíritos protetores.
Os Espíritos simpáticos são os que se sentem atraídos para nós por afeições particulares e uma certa semelhança de gostos e de sentimentos, no bem como no mal. A duração de suas relações é quase sempre subordinada às circunstâncias.
O mau gênio é um Espírito imperfeito ou perverso que se liga ao homem para desviá-lo do bem, e age por sua própria iniciativa e não em virtude de uma missão. Sua tenacidade está em razão do acesso mais ou menos fácil que encontra. O homem está sempre livre para escutar sua voz ou repeli-la.
Certas pessoas exercem sobre outras, uma espécie de fascinação, que parece irresistível e, ligam-se a certos indivíduos para os compelir à perdição, ou para guiá-los no bom caminho. Quando isso tem lugar para o mal, são maus Espíritos que se servem de outros maus Espíritos para melhor subjugar. Deus o permite para os experimentar.(LE - 515)
Algumas vezes, nosso bom ou mau gênio podem se encarnar para nos acompanhar na vida de um modo mais direto. Só, que, freqüentemente, eles encarregam dessa missão outros Espíritos encarnados, que lhes são simpáticos.(LE - 516)
Certos Espíritos se ligam aos membros de uma mesma família que vivem em conjunto e que estão unidos pela afeição, mas não deve se admitir Espíritos protetores do orgulho de raça.(LE - 517)
Os Espíritos vão de preferência onde estão seus semelhantes; aí estão mais a vontade e mais seguros de serem ouvidos. O homem atrai para si os Espíritos em razão de suas tendências, quer esteja só ou formando uma coletividade, como uma sociedade, uma cidade ou um povo. Há então, sociedades, cidades e povos que são assistidos por Espíritos mais ou menos elevados segundo o caráter e as paixões que neles dominam. Os Espíritos imperfeitos se afastam daqueles que os repelem. Resulta disso que o aperfeiçoamento moral das coletividades, como o dos indivíduos, tende a afastar os maus Espíritos e a atrair os bons que excitam e entretêm o sentimento do bem nas massas como outros podem lhes insuflar as más paixões.(LE - 518)
As aglomerações de indivíduos, como as sociedades, as cidades, as nações, têm seus Espíritos protetores especiais, porque essas reuniões são de individualidades coletivas que marcham com um objetivo comum e que têm necessidade de uma direção superior.(LE - 519)
A natureza dos Espíritos protetores das massas são relativas, dependem do grau de adiantamento das massas, como dos indivíduos.(LE - 520)
Certos Espíritos podem ajudar o progresso das artes, pois há Espíritos especiais que assistem aqueles que os invocam, quando eles os julgam dignos. Mas, não com aqueles que crêem ser o que não são. Os Espíritos não fazem os cegos verem, nem os surdos ouvirem.(LE - 521)
NOTA DE ALLAN KARDEC: Os antigos fizeram divindades especiais; as Musas não eram outras que a personificação alegórica dos Espíritos protetores das ciências e das artes, como designaram sob o nome de lares e de penates os Espíritos protetores da família. Entre os modernos, as artes, as diferentes indústrias, as cidades, os continentes têm também seus patronos protetores, que não são outros que os Espíritos superiores, mas sob outros nomes.
Cada homem tendo seus Espíritos simpáticos, disso resulta que, nas coletividades, a generalidade dos Espíritos simpáticos está na relação com a generalidade dos indivíduos; que os Espíritos estranhos para ai são atraídos pela identidade dos gostos e dos pensamentos, em uma palavra, que esses agregados, assim como os indivíduos, são mais ou menos bem rodeados, assistidos, influenciados segundo a natureza dos pensamentos da multidão. Entre os povos, as causas de atração dos Espíritos são os costumes, os hábitos, o caráter dominante, as leis sobretudo, porque o caráter de uma nação se reflete em suas leis. Os homens, que fazem reinar a justiça entre si, combatem a influência dos maus Espíritos. Em toda a parte onde as leis consagram as coisas injustas, contrárias à Humanidade, os bons Espíritos estão em minoria, e a massa dos maus que afluem entretêm a nação em suas idéias e paralisa as boas influências parciais perdidas na multidão, como uma espiga isolada no meio das as sarças. Estudando os costumes dos povos ou de toda reunião de homens, é fácil de se fazer uma idéia da população oculta que se imiscui nos seus pensamentos e nas suas ações.
RESUMO
Cada indivíduo tem o seu “irmão espiritual”, a que chamamos de Bom Espírito, Bom Gênio. Por Anjo da Guarda ou Anjo Guardião deve-se entender o Espírito protetor, pertencente a uma ordem elevada. A sua função é a de um pai, em relação aos filhos; a de guiar o seu protegido pela senda do bem, auxiliá-lo com seus conselhos, consolá-lo nas suas aflições, levantar-lhe o ânimo nas provas de vida. Nem sempre o Espírito protetor está junto ao seu protegido, mas não o perde de vista. Podemos invocar o nosso Espírito protetor, pelo pensamento, que ele acudirá ao apelo.
Há também Espíritos que nos assistem e que são denominados Espíritos familiares ou Espíritos simpáticos. São os amigos da casa. Mesmo as aglomerações de indivíduos, as sociedades, as cidades, as nações, têm Espíritos protetores, pois são coletivamente que precisam de uma direção superior.
A vida desenvolve-se em dois planos.
Um deles é bastante conhecido, já que é palpável e visível aos olhos humanos, pode-se sentir, cheirar e bastasse olhar ao redor. É chamado de mundo corporal ou físico.
O outro, agora começa a ser conhecido e reconhecido, sendo invisível aos olhos humanos e do qual foi conhecido através dos fenômenos da mediunidade. Embora invisível aos sentidos comuns, esse outro mundo é perfeitamente definido, formando uma outra sociedade composta de pessoas desencarnadas.
É o chamado mundo espiritual ou dos Espíritos.
Os Espíritos estão ao nosso lado, convivem conosco a todo instante.
Para mais informações:
CONHEÇA ESTAS OBRAS DA AUTORIA DE ALLAN KARDEC
O QUE É O ESPIRITISMO | 1859 |
O LIVRO DOS ESPÍRITOS | 1857 |
O LIVRO DOS MÉDIUNS | 1861 |
REVISTA ESPÍRITA | 1858 - 1869 |
O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO | 1864 |
O CÉU E O INFERNO | 1865 |
A GÊNESE | 1868 |
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Em: 02.02.2011
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