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segunda-feira, 14 de maio de 2012

Os Órfãos

Meus irmãos, amai os órfãos!
Se soubésseis quanto é triste estar só e abandonado, sobretudo quando criança!

Deus permite que existam órfãos, para nos animar a lhes servirmos de pais.

Que divina caridade, a de ajudar uma pobre criaturinha abandonada, livrá-la da fome e do frio, orientar sua alma, para que ela não se perca no vício!

Quem estende a mão a uma criança abandonada é agradável a Deus, porque demonstra compreender e praticar a sua lei.


Lembrai-vos também de que, frequentemente, a criança que agora socorreis vos foi cara numa encarnação anterior, e se o pudésseis recordar, o que fazeis já não seria caridade, mas o cumprimento de um dever.


Assim, portanto, meus amigos, todo sofredor é vosso irmão e tem direito à vossa caridade.


Não a essa caridade que magoa o coração, não a essa esmola que queima a mão que a recebe, pois os vossos óbolos são frequentemente muito amargos! Quantas vezes eles seriam recusados, se a doença e a privação não os esperassem no casebre!


Dai com ternura, juntando ao benefício material o mais precioso de todos: uma boa palavra, uma carícia, um sorriso amigo. Evitai esse ar protetoral, que revolve a lâmina no coração que sangra, e pensai que, ao fazer o bem, trabalhais para vós e para os vossos.

Um Espírito Protetor

Paris, 1860

Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec

(Cap. XIII – Que a mão esquerda não saiba o que faz a direita)

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