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terça-feira, 15 de maio de 2012

Advertências profundas aos médiuns

   Irmãos nossos, fazem-se ouvir na Terra gritos comovedores de sofrimento. Necessitamos de servidores que desejem integrar-se na escola evangélica da renúncia.
        Desde as primeiras tarefas do
Espiritismo renovador, a colônia espiritual “Nosso Lar” tem enviado diversas turmas ao trabalho de disseminação de valores educativos...

  • Centenas de companheiros partem daqui anualmente, aliando necessidades de resgate ao serviço redentor; mas ainda não conseguimos os resultados desejáveis.

  • Alguns alcançaram resultados parciais nas tarefas a desenvolver, mas a maioria tem fracassado ruidosamente. Nossos institutos de socorro debalde movimentam medidas de assistência indispensável.

  • Raríssimos conquistam algum êxito nos delicados misteres da mediunidade e da doutrinação.

        Outras colônias de nossa esfera providenciam tarefas da mesma natureza, mas pouquíssimos são os que se lembram das realidades eternas, no “outro lado do véu”... A ignorância domina a maioria das consciências encarnadas. E a ignorância é mãe das misérias, das fraquezas, dos crimes...

  • Grandes Instrutores, nos fluidos da carne, amedrontam-se por sua vez, diante dos atritos humanos, e se recolhem, indevidamente, na concepção que lhes é própria.

  • Esquecem-se de que Jesus não esperou que os homens lhe atingissem as glórias magnificentes e que, ao invés, desceu até ao plano dos homens para amar, ensinar e servir. Não exigiu que as criaturas se fizessem imediatamente iguais a Ele, mas fez se como os homens, para ajudá-los na vida áspera.

        Se o Mestre Divino adotou essa norma, que dizer das nossas obrigações de criaturas falidas?
        Abstraindo-nos das necessidades imensas de outros grupos, procuremos identificar as falhas existentes naqueles que nos são afins.
        Em derredor de nós mesmos, os laços pessoais constituem extenso campo de atividade para o testemunho.
        Cesse, para nós outros, a concepção de que a Terra é o vale tenebroso, destinado a quedas lamentáveis, e agasalhemos a certeza de que a
esfera carnal é única grande oficina de trabalho redentor. Preparemo-nos para a cooperação eficiente e indispensável. Esqueçamos os erros do passado e lembremo-nos de nossas obrigações fundamentais.
        A causa geral dos desastres mediúnicos é a ausência da noção de responsabilidade e da recordação do dever a cumprir.

  • Quantos de vós fostes abonados, aqui, por generosos benfeitores que buscaram auxiliar-vos, condoídos de vosso pretérito cruel?

  • Quantos de vós partistes, entusiastas, formulando enormes promessas?

        Entretanto, não soubestes recapitular dignamente, para aprender a servir, conforme os desígnios superiores do Eterno...

  • Quando o Senhor vos enviava possibilidades materiais para o necessário, regressáveis à ambição desmedida;

  • ante o acréscimo de misericórdia do labor intensificado, agarrastes a ideia da existência cômoda;

  • junto às experiências afetivas, preferistes os desvios seriais ao lado da família, voltastes à tirania doméstica, e sob interesses da vida eterna sobrepusestes as sugestões interiores da preguiça e da vaidade.

  • Destes-vos, na maioria, a palavra sem responsabilidade e à indagação sem discernimento, amontoando atividades inúteis.

  • Como médiuns, muitos de vós preferíeis a inconsciência de vós mesmos;

  • como doutrinadores, formuláveis conceitos para exportação, jamais para uso próprio.

        Que resultados atingimos? Grandes massas batem às fontes do Espiritismo sagrado, tão só no propósito de lhe mancharem as águas...

  • Não são procuradores do Reino de Deus os que lhe forçam, desse modo, as portas, e sim caçadores dos interesses pessoais.

  • São os sequiosos da facilidade, os amigos do menor esforço, os preguiçosos e delinqüentes de todas as situações, que desejam ouvir os Espíritos desencarnados, receosos da acusação que lhes dirige a própria consciência.

  • O fel da dúvida invade o bálsamo da fé, nos corações bem intencionados.

  • A sede de proteção indevida azorraga os seguidores da ociosidade.

  • A ignorância e a maldade entregam-se as manifestações inferiores da magia negra.

        Tudo porque, meus irmãos? Porque não temos sabido defender o sagrado depósito, por termos esquecido, em nossos labores carnais, que Espiritismo é revelação divina para a renovação fundamental dos homens. Não atendemos, ainda, como se faz indispensável, a construção do “Reino de Deus” em nós.
        Contudo, não abandonemos nossos deveres a meio da tarefa. Voltemos ao campo, retificando as semeaduras. O Ministério da Comunicação vem incentivando esse movimento renovador. Necessitamos de servidores de boa vontade, leais ao espírito da
. Não serão admitidos os que não desejarem conhecer a glória oculta da cruz do testemunho, nem atendem aqui os que se aproximem com objetivos diferentes.
        Aqui estamos todos, companheiros da Comunicação, endividados com o mundo, mas esperançosos de êxito em nossa tarefa permanente. Levantemos o olhar, o Senhor renova diariamente nossas benditas oportunidades de trabalho, mas, para atingirmos os resultados precisos, é imprescindível sejamos seguidores da
renunciação ao inferior. Nenhum de nós, dos que aqui nos encontramos, está livre do ciclo de reencarnações_na_Crosta, portanto, somos sequiosos de Vida Eterna. Não olvidemos, desse modo, o Calvário de Nosso Senhor, convictos de que toda saída dos planos mais baixos deve ser uma subida para a esfera superior. E ninguém espere subir, espiritualmente, sem esforço, sem suor e sem lágrimas.

André Luiz

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