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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

NASA acaba de divulgar imagens inéditas da superfície lunar

 

Uma bateria completa de fotos liberadas detalha inclusive as marcas das Apollo e das pegadas dos astronautas em solo lunar

crédito: NASA/Goddard/ASU
 
Os caminhos deixados pelos astronautas Alan Shepard e Edgar Mitchell durante a Apollo 14, em ambos os passeios lunares, são visíveis nesta imagem da LRO

A Agência Espacial Norte-Americana (NASA) apresentou nesta terça-feira (06) uma coleção de fotos feitas pelas câmeras da sonda Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO), revelando alguns vestígios deixados pelas missões Apollo e também comprovando a presença do homem na Lua.

As imagens capturadas pela sonda são as mais nítidas feitas do espaço. Nas fotos é possível visualizar o rastro das missões Apollo
12, 14 e 17
, tanto dos lugares nos quais elas pousaram, assim como as pegadas que os astronautas deixaram ao explorar a superfície lunar.

Em entrevista coletiva, as cenas foram apresentas por Jim Green, diretor da Divisão de Ciência Planetária da NASA, Mark Robinson, principal pesquisador do LRO na Universidade do Arizona, e Richard Vondrak, cientista do projeto LRO no centro espacial Goddard, da agência espacial, localizado em Greenbelt, Maryland.

As novas fotografias permitirão aos especialistas seguir os passos dos astronautas com mais clareza. O objetivo é encontrar o local onde foram recolhidas as amostras da Lua trazidas à Terra, além de desmentir as afirmações de que os humanos nunca viajaram à Lua, conforme indicaram os cientistas.

Os especialistas mostraram as marcas das antigas missões Apollo ao pousar, assim como os rastros que os astronautas deixaram quando saíram do módulo lunar e foram explorar a pé a superfície rochosa. Inclusive pode-se ver a última rota realizada por humanos na Lua.

"Além de impactantes, elas também terão grande utilidade científica", assegurou Green. Isso porque as fotos vão facilitar visualmente uma possível comparação entre as rochas na Terra com a das áreas ainda não exploradas, como as imagens da LRO. Essa é uma grande chance para dar continuidade ao processo de cartografia da Lua, sendo possível obter mais precisão ao determinar novos lugares de aterrissagem em missões futuras.
 

crédito: NASA/Goddard/ASU
Comparação entre as imagens de resolução órbita nominal do local de pouso da Apollo 17 (a, b) ea imagem nova órbita baixa (c; 27 centímetros x 56 centímetros tamanho do pixel). O que é visível em uma imagem não é simplesmente uma questão do tamanho de um pixel projetado sobre a superfície. Dom ângulo e direção também são fatores importantes, como é o nível de exposição. Quando o Sol está bem acima do horizonte diferenças no brilho de superfície são reforçadas, e quando o Sol está baixa rugosidade superficial é mais óbvio. Características lineares são reforçadas quando mentem perpendicular à direção do Sol, e tendem a desaparecer quando paralelo. Quando uma imagem está subexposta ou superexposta contraste e detalhe sofrer. Duas imagens de cima (a, b) têm escalas maiores pixel (49 cm, 54 cm) e ângulos de incidência (55 ° e 21 ° da vertical) que suporte a imagem nova resolução maior (c; 45 °).
Comparação entre a resolução das imagens do local de pouso da Apollo 17 (a, b) e a imagem nova - órbita baixa (c). Acesse a imagem completa clicando aqui

 Divulgação histórica e repentina

A missão da LRO, iniciada em 2009 para encontrar possíveis lugares de aterrissagem para naves tripuladas, foi ampliada com o envio de uma bateria de 1,5 mil imagens para análise dos cientistas. A precisão dos instrumentos ajuda na montagem de um mapa da superfície lunar em três dimensões e alta resolução, além de fazer um exame ultravioleta do satélite.

Um dos detalhes revelados é um rastro em forma de "L", que marca a localização dos cabos que ligavam a nave matriz até o lugar onde os astronautas do Apollo 12 colocaram o experimento
ALSEP para medir o meio ambiente lunar e seu interior.

Os engenheiros da NASA modificaram a órbita do LRO, que é ligeiramente oval, para conseguir a máxima resolução das imagens. Dessa forma, a sonda desceu de uma altura de 50 km para 21 km ao passar sobre a superfície lunar. A nave espacial se manteve nesta órbita durante 28 dias, tempo suficiente para que a Lua fizesse seu movimento rotativo completo, permitindo uma cobertura total da superfície pela câmera.

A nave espacial voltará à sua órbita habitual nesta terça-feira e antecederá o lançamento da missão Gravity Recovery Interior Laboratory [Recuperação de Gravidade e Laboratório Interior, GRAIL], prevista para ser lançada na quinta-feira. O objetivo da nova missão da NASA é investigar o campo de gravidade da Lua.

Acesse fotos com maior resolução direto na página da LRO, clicando aqui
.

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