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terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Investigação Criminal: A Morte de Cristo

Russian scientists modeled passion of Christ
In Pravda English publicado em 13/09/2006
[Trad. e Adaptação: Ligia Cabus]
[http://english.pravda.ru/science/tech/13-09-2006/84421-shroud-0]

Os mais antigos registros da reportagem a seguir, na internet, remontam a abril de 2002 [Discovery Channel Apud ZOOMInfo]. Em setembro de 2006 o Pravda online, periódico um tanto espetaculoso, especialista em requentar reportagens, especialmente devotado a notícias da ciência fantástica e do sobrenatural,  em sua versão english, voltou a falar no assunto:

Cientistas do Russian Institute of Criminal Investigation e do Russian Federal Security Services [FSS] ─ concluíram uma série de análises do Santo Sudário. A pesquisa foi orientada por Anatoliy Fesenko, doutor em Ciências Técnicas que também dirige o Criminal Investigation Institute.

O trabalho, pioneiro, submeteu a relíquia às técnicas da investigação criminal, contexto em que o Sudário foi considerado como evidência de um fato. Segundo a tradição, o lençol de linho serviu de mortalha, veste funerária, ao Cristo Salvador e, miraculosamente, teria conservado a impressão do corpo e do rosto do fundador do Cristianismo.

Os cientistas trabalharam desprezando toda e qualquer interpretação de natureza religiosa. Segundo Anatoliy Fesenko: Foi uma pesquisa complexa que envolveu numerosos ramos da pesquisa científica: química, biologia, física, matemática etc..

Começamos buscando estabelecer a possível idade do objeto, refazendo o provável processo de envelhecimento do material. Nossas conclusões mostraram que os cientistas norte-americanos erraram em datar o Sudário em cerca de mil anos. De fato, ele tem no mínimo, dois mil anos. Os especialistas do FSS analisaram os vários aspectos dos traços que formam a imagem no tecido a fim de determinar a natureza dos ferimentos do homem doQuinto Evangelho [como também é chamado o Sudário]. As descobertas ajudaram a reconstituir a paixão de Cristo ou seja, o tipo e a ordem dos tormentos físicos aos quais foi submetido.

Na peça de linho, que mede 4,1 por 1,1 metros, estão preservados muitos materiais que evidenciam os abusos que a vítima sofreu. Nas duas faces do lençol, temos a tênue projeção, impressa em tons de amarelo-marrom, do corpo inteiro de um homem despido, nu. O exame cuidadoso dos traços e pontos confirmam que o homem foi açoitado com um chicote de cinco tiras afiadas com ponteiras de chumbo [com pregos fixados nas tiras].

Ombro e espádua direitos sofreram uma extensa e larga lesão indicando que o sujeito carregou um objeto pesado apoiado naquela parte do corpo. O nariz foi quebrado por um soco desferido no lado esquerdo do rosto. Quando foi envolto no sudário, o homem tinha a lado esquerdo do rosto inchado, o que deixou este lado da face mais fortemente impresso que o outro lado, o direito. O mesmo acontece com o queixo, também machucado à esquerda. Também à direita existe uma mancha produzida por perda de sangue; mais uma ferida. O rosto do Sudário é, portanto, assimétrico e as injúrias sofridas pela vítima foram infringidas antes de sua morte.

No pulso esquerdo, mais sangue de uma ferida profunda. O mesmo na base das pernas, chegando aos pés. Os ombros estão alteados, tensos para cima, uma formação característica de uma morte por sufocação.  O pulso direito não pode ser visto, porque a mão esquerda o encobre mas é notável que ambos os pulsos apresentam áreas mais escuras indicando sangramento abundante.

Os pregos ou cravos da paixão foram, realmente, fixados transpassando espaço entre os ossos, nos pulsos e nos pés. As marcas indicam, ainda, que o sangue, nos pulsos e pés, coagulou uma vez, e voltou a fluir mais uma vez, possivelmente no momento da retirada dos cravos. O sangramento posterior, que se sobrepõe ao coagulado antes, deixou manchas mais amplas, que se estendem além das primeiras.
Em outro aspecto da investigação, os especialistas da FSS buscaram refazer o processo de interação entre as fibras do linho em contato com a carne fresca. Mas não uma carne fresca qualquer: antes, a carne de um homem exaurido por uma tremenda aflição física; exausto por uma intensa e prolongada tortura, capaz de produzir a morte por si mesma. Um homem que morreu deste modo e foi sepultado de acordo com os preceitos da tradição judaica.

Para esta fase do estudo, um voluntário, que pertencia à equipe de pesquisas, submeteu-se a circunstâncias de extrema exaustão, praticando exercícios físicos até o limite último de suas forças. Neste ponto, seu corpo foi deitado e envolto em um tecido semelhante ao Sudário e colocado em confinamento, no escuro, enfim, sepultado como um judeu por várias horas, mais precisamente, o número de horas que possivelmente o corpo de Cristo passou no Santo Sepulcro, do fim de tarde de uma sexta-feira às primeiras horas da madrugada do domingo seguinte [cerca de 36 horas]. Por motivos óbvios, o voluntário escolhido tinha cabelos longos, barba e bigode.

Esse experimento, com o voluntário, foi analisado em minúcias. Anatoliy Fesenko comentou na época: [O Sudário em si mesmo] é material orgânico que combina porções de lignina e de celulose. Essas substâncias expostas aos ácidos produzidos pelo corpo humano, exsudados, em ambiente aquecido transforma-se em um composto bastante complexo. De volta à temperatura ambiente normal, as partes do linho tocadas pelo corpo mudam de cor, assumindo tons entre o amarelo e o marrom terroso. Se a temperatura subir de novo, a coloração torna-se marrom mais escura.

O corpo do voluntário envolto no sudário experimental produziu uma impressão bastante detalhada, como o negativo de uma fotografia, exatamente como parece ter ocorrido com o Santo Sudário. Descobriu-se que o processo de fixação da imagem no tecido não se deve somente à ação mecânica, mero contato entre rosto e tecido, corpo e tecido; o efeito de impressão em negativo é produzido com auxílio da evaporação de fluídos daquele corpo.

Fonte complementar:  CALCETTI. Giulio. O Santo Sudário: um milagre vivo. [Trad. Ciro Aquino]. São Paulo: Editora Planeta Brasil, 2005. NA INTERNET ─ LINK RELACIONADO: MERTON, H. K.. O Santo Sudário ─ In [http://artedartes.blogspot.com/2009/04/o-santo-sudario.html]


Revelações da Ciência Criminal

O caso do Santo Sudário está longe de ser encerrado. Apesar da pesquisa dos cientistas russos, muitas equipes de cientistas e especialistas isolados continuam refutando a autenticidade da relíquia com o antigo argumento da datação do Carbono 14, que estabelece a origem da peça entre os séculos XIII e XIV.

Ainda hoje [2009], mesmo depois das inúmeras técnicas utilizadas nos também numerosos exames aos quais foi submetida a peça [ou, pedaços dela], a questão principal permanece sem reposta: como, com que método, que pigmento indecifrável produziu a imagem do supliciado?

Entre as hipóteses mais fantásticas já cogitadas, destacam-se: a Teoria da Radiação Desconhecida; a Teoria da Tecnologia Extraterrestre.


O Laudo Laboratorial

Um princípio áureo da criminologia sentencia: A principal testemunha é o cadáver ou, ainda, O cadáver fala. O Sudário pode ser a testemunha que sobreviveu para confirmar as circunstâncias da morte de Cristo ou mais, confirmar a verdade histórica da Paixão de Cristo.

Seja qual for a origem e a idade do Sudário de Turim, é certo que a peça de linho e sua misteriosa estampa contêm inúmeras informações incontestáveis sobre aquilo que ali está representado:

1. O Sudário contém, preservados em suas fibras, restos de sangue, seco, coagulado, tipo AB, característico da etnia semita.

2. A análise dos traços anatômicos, corpo e rosto, do ponto de vista da perícia médica, revela o estado físico aparente esperado em um homem que padeceu torturas.

3. Os ferimentos identificados foram produzidos por dois açoites do tipoflagium, guarnecidos de pontas metálicas, instrumento usado por soldados romanos, manuseados por dois carrascos!

4. Os cientistas contaram indícios de 120 a 140 chibatadas.

5. A ferida no ombro e dorso foi produzida por uma carga áspera de peso bastante superior ao peso do homem que suportou e transportou tal objeto por, no mínimo, 140 minutos, mais de duas horas, portanto.

6. Ele tinha feridas profundas no couro cabeludo e na testa, confirmando o tormento de uma coroa de espinhos.

7. Tinha, ainda, fratura no joelho esquerdo, provável resultado de uma queda e o fêmur direito, maior e mais forte osso do corpo humano, osso da coxa, deslocado.

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