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quinta-feira, 23 de abril de 2009

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O SEBO DO EGOÍSMO
“Ninguém acende uma lâmpada para cobri-la com uma vasilha ou colocá-la debaixo da cama. Ele a coloca no candeeiro, a fim de que todos os que entram, vejam a luz.”
Lc, 8:16
O egoísmo está na origem, no miolo, de quase todos os males do mundo, e nem sempre é detectado, percebido, pela sutileza com que se apresenta, residindo aí um de seus grandes e tenebrosos perigos.
E esse monstro feroz que habita nosso interior, se manifesta e se insinua de maneiras mais diversas, mais complexas, sendo refolhado para ser confundido, com virtudes como o zelo, a proteção, o amor. É o egoísmo um destruidor voraz de valores e princípios, e que merece de cada um, acurada atenção, por seu permanente efeito em nossas instâncias mais íntimas.
E no espírita, consciente de sua enorme responsabilidade em poder carregar esse distintivo, avulta-se a vigilância ainda mais profunda, para que, perdidas as chances não sobrevenham à consciência, as sombras do remorso, do arrependimento.
Narro-lhes o fato que se passou comigo, ainda recentemente.
Após concluir empreitada de visita a hospital em Belo Horizonte, onde, junto a dois luminares de elevada compleição moral, realizou-se o apoio ao retorno ao mundo etéreo de determinado amigo em Belo Horizonte, decidi, para matar a saudade, andar pelas ruas e avenidas de particular afeição, na capital mineira. Dispunha ainda de algum tempo, enquanto meus dois acompanhantes cumpriam outros afazeres, onde minha presença não era necessária. Desci, com a alegria do reencontro, a avenida do hospital, em direção ao centro, parando um pouco no grande cenário verde, do parque onde andei tantas vezes, com alegria. Observei pessoas e lojas, marcas do progresso, e estendi olhar carinhoso ao prédio da antiga redação, ainda ali, renovando-lhe no sentimento, as luzes da gratidão e da alegria por serem capítulo especial na romagem carnal recém completada.
Na esquina da Escola de Direito, ainda absorvendo os ares de uma saudade singela e agradável, meus sentidos se voltaram para um carrinho, rangente de pesado, puxado por um rapaz forte, moreno, suado, a subir em direção ao sindicato. O rude veículo estava atulhado de livros. Algumas abas de papelão em tiras mal postas, faziam a carroça balançar, contrariando as leis do equilíbrio, permitindo aos transeuntes uma interior torcida para que não caíssem.
O sinal fechou, e a contragosto, o rapaz, fincando os suportes traseiros do carrinho no asfalto, resfolegante, parou. Com o impacto, parte da carga se espalhou pelo chão. Solidários, alguns passantes se apressaram em ajudar o moço. Foi aí que distingui no chão, um dos livros e consegui identificá-lo. Tratava-se de “O Verbo e a Carne”, escrito brilhante de Júlio Abreu e Herculano Pires. Aproximei-me mais e constatei que toda aquela pilha era de livros espíritas. Antigos, porém bem conservados, alguns com capas de papel de presente, dando a perceber o carinho de seu ex-dono. Caminhei na leitura de títulos imponentes, obras doutrinárias, opúsculos valorosos, esparramados ali no asfalto e amontoados no improvisado transporte. Meus olhos perspassaram por autênticas jóias da literatura espírita, com obras conhecidas, algumas raras, provavelmente a maioria já fora de catálogo, não mais encontradiços, suplantados hoje pelo modismo dos romances ocos e das obras de perquirições fracionárias, seccionistas. Ali, jogados ao léu, senti-os humilhados, a caminho de algum sebo, dos lixões, na reciclagem da celulose. Tesouro perdido, agora sem valor pelo não uso.
E, não podem imaginar quanto, isso se repete de modo contumaz, repetido. Um amigo já me dissera: “as traças brasileiras são as mais espiritualizadas do planeta!”.
É uma mania comum entre os espíritas esse apego, essa veneração aos livros, sendo muito constantes autênticas disputas domésticas pelo espaço reservado a eles, mesmo com o mofo e bolor, além dos cupins e as reclamações pertinazes e imperativas.
Posso, de cadeira, afiançar que esta é uma perversa forma de escravidão a um dos pelourinho do egoísmo, cujos agentes, ágeis, se apresentam como inclementes credores logo após nosso desligamento. O destino dos livros que lemos e temos deve ser as mãos e consciências de outros. E nesse universo devem estar, exatamente, aqueles que mais nos são agradáveis, úteis e caros. Tenho falado com amigos espíritas, agora e antes, de um propósito antigo, de se fazer uma grande feira, para que se esvaziem as prateleiras, os armários, e assim, muitos se livrem desses futuros dolorosos pesos, que se tornarão dívidas amargas, através de doações, trocas, intercâmbios. Não apologizo mais a formação das úteis, mas solitárias bibliotecas de empréstimos, visto que têm trazido, às casas, mais preocupação que benefícios. Exorto e conclamo sim, à cessão, à distribuição, a entrega fraterna, como a transferência de um bem precioso, como o são, para que possamos dessedentar nossos irmãos ávidos do saber elevado, colocando-os em contato com aquilo que nos ajudou a ser melhores, procedendo às corrigendas, evoluir.
De certa feita em meu querido “Célia” fui presenteado por um querido irmão, de um exemplar de uma das mais recentes, à época, obras de Emmanuel, colhida por nosso amado Chico Xavier, -Palavras de Vida Eterna-.A dedicatória era efusiva e carinhosa.
Após a reunião, abordado por um assistente vindo de área suburbana, foi-me solicitada uma ajuda a um núcleo espírita, que engatinhava em sua formação. Juntei mensagens, velhas publicações do Reformador, quatro das principais obras da Codificação de Kardec, e num impulso, retirando a amável mensagem do ofertante, coloquei o livro, presenteado pouco antes. A alegria do que recebia foi pronta, vivaz. Seu entusiasmo e gratidão só não foram superiores à grande surpresa que tive ao voltar de minha jornada terrena, quando, apresentados a mim os resultados de minha longeva permanência, pude constatar, na limitada faixa do saldo positivo, uma seqüência volumosa de créditos e comendas espirituais, vindos de pessoas desconhecidas, com quem, de memória, jamais contatei. Fui informado de que eram, na maioria, seres que tiveram a vida transformada, substancialmente mudada, numa casa espírita de uma comunidade de tugúrios, nascida sob a semente de livros que eu doei, dentre os quais aquele “livro novo”.
O bom livro é uma lâmpada, e tê-lo, um compromisso. Retê-lo, uma falha. Compromissos têm duas conseqüências: dívidas ou créditos. Tenho assistido pesaroso, a muitos irmãos queridos, mesmo pródigos em conquistas, experimentando sofrimentos atrozes, por não terem compartilhado a contento, seus conhecimentos e aprendizado. Muitos ainda percorrem os úmidos e escuros corredores e estantes, em busca de livros, lições não apreendidas. Não os encontram nas mãos dos que lendo-os, doutrinam (-se), mas nos monturos dos inservíveis, no lixo. São os que não entenderam que o melhor destino do livro é o de se dissolver de tanto ser compulsado, como o da vela, que se consome, iluminando.
José Martins Peralva – espírito-
(Mensagem recebida, em sessão pública no Celest- Centro Espírita Luz na Estrada- Castanheiras- Sabará, pelo médium Arael Magnus, em 27 de Setembro de 2009)

sábado, 11 de abril de 2009

A MISTERIOSA HERANÇA DOS ATLANTES

ATENÇÃO, CLIQUE NAS IMAGENS PARA VER COM NITIDEZ.
por Ligia Cabus (Mahajah!ck)


Durante muitos anos, as maravilhas arquitetônicas do Egito foram interpretadas como mero capricho estético dos antigos: a grandiosidade das pirâmides foi atribuída à "megalomania" dos faraós, a uma necessidade exagerada de afirmar seu poder para além da morte. Entretanto, estudiosos de mente mais ampla entendem as "excentricidades" dos antigos monarcas como expressão de realidades mais objetivas.


A Grande Pirâmide, chamada pirâmide de Quéops, é muito mais antiga do supuseram os primeiros arqueólogos. Estudos minuciosos mostraram que ao invés de 3.500 anos de idade, a construção daquela pirâmide data de pelo menos 10 mil anos ou mais.


Outro dado "folclórico" diz respeito à finalidade da grande pirâmide bem como de todo o complexo de Gizé (que inclui mais duas pirâmides e a Esfinge). Considerada como uma gigantesca sepultura, a Grande Pirâmide, na verdade, não apresenta indícios de ter servido a essa finalidade, com suas paredes nuas, sem inscrições e suas câmaras reais vazias, sem sarcófagos ou indícios de serventia funerária.


Além disso, as imagens gravadas em tantas paredes de templos egípcios ― e de outras civilizações do norte da África e Oriente Médio, também não são entendidas como caprichos da imaginação dos artistas do passado. O céu diferente, com os astros dispostos de forma diversa do mapa celeste atual, revelam-se agora, com o estudo da astronomia antiga (ou arqueológica), como um firmamento verdadeiro, o céu tal como ele parecia há muitos milênios atrás, muito antes do supunham os historiadores. [Observe-se o crânio cônicos das figuras sentadas no colo do faraó].


O céu representado no templo de Dendera, por exemplo, (o zoodíaco de Dendera) reflete a posição dos corpos celestes há mais de 20 mil anos e, no entanto, a "história oficial" somente reconhece uma antiguidade de 5 mil anos para a invenção da escrita e o início da instituição dos grandes estados teocráticos da antiguidade. Mahajah!ck, 2007.


Enigmas de Gizé


Estudo realizados nos anos de 1990 revelaram que a Grande Esfinge do Egito, situada ao lado das três pirâmides da meseta de Gizé, mostra sinais de erosão causada por chuva, assim como os outros edifícios do complexo. Isso significa que os monumentos de Gizé ficaram expostos a um clima que há muito não existe no Egito. Estudos geoclimáticos indicam que somente no passado, há 7 mil ou 9 mil anos atrás, aquele território teve um clima mais úmido e vegetação abundante - "clima luxuriante de selva verde".Ainda assim, há de se contar o tempo necessário para se fazerem notáveis os efeitos desta erosão, tão sutil. Algo em torno de milhares de anos. Esse resultado contesta definitivamente os prognósticos clássicos de idade das pirâmides e da esfinge, que davam ao conjunto, cerca de 3 mil a 4 mil anos, apenas.Outra evidência da antiguidade das construções em Gizé foi apurada primeiramente por Robert Bauval que ficou intrigado com a aparente falta de simetria da disposição das pirâmides e esfinge. Bauval descobriu, então, a relação entre as pirâmides e a constelação de Orion, estabelecendo a famosa teoria do alinhamento das pirâmides de Gizé com as estrelas daquela constelação. Além de estarem alinhadas as pirâmides têm outras relações com aquelas estrelas, como os tamanhos proporcionalmente correspondentes.O pesquisador compreendeu que os arquitetos de Gizé criaram uma duplicação perfeita do céu estrelado, uma idéia que se encaixou perfeitamente com o conceito hermético (conhecido no antigo Egito) de conexão entre o mundo físico e o mundo espiritual. Toda a geografia do lugar, incluindo o traçado do Nilo, são "fatorizados" harmoniosamente no plano. Outras pirâmides nas cercanias são relacionadas a outras estrelas, estrelas imortalizadas em pedra, na Terra.


O aspecto mais importante do argumento de Bauval é que o complexo de Gizé foi, obviamente, construído como um código à prova de tempo, utilizando o movimento natural e lento da Terra, conhecido com precisão. O "código de Gizé" exige, portanto, um saber muito específico sobre ciclos de tempo demasiado longos. Usando um programa conhecido como Skyglobe, Bauval comprovou que a época mais recente em que a Via Láctea estava alinhada com o rio Nilo foi há aproximadamente 12.500 anos; e assim o complexo de Gizé vai se mostrando ainda mais velho do era imaginado.



Nefertite, rainha do Egito ou Faraó! A figura de Nefertite é envolta em mistério. Não se sabe nada sobre seus antepassados. Casada com o faraó Akenatón não foi uma rainha-sombra de seu marido. Não há dúvida de que participou ativamente da política. Associada ao poder, foi representada usando a coroa farônica e em outras atitudes viris, como conduzindo seu carro de batalha, golpeando seus inimigos com uma clava, imagens típicas de faraós reinantes. A cabeça de Nefertite é um caso à parte. Tal como uns outros tantos personagens egípcios, seu crânio é estranhamente alongado. Ufólogos especulam: seria uma espécie humana diferente dos sapiens?


Técnicas Avançadas de Perfuração


Outro descobrimento recente para a admissão de uma civilização mais que antiga ― arcaica e não obstante, muito avançada, vem dos estudos de Christopher Dunn, cuja especialização principal é "perfuração". Dunn demonstrou que certos artefatos, incluindo o Cofre de Granito, na "Câmara do Rei" da Grande Pirâmide, mostram sinais de técnicas elaboradas de perfuração que superam qualquer resultado obtido com máquinas e/ou ferramentas contemporâneas.
O Cofre de Granito foi escavado com alguma espécie de broca em forma de tubo que poderia ter feito o serviço de uma só vez. O mais incrível são os padrões em espiral que ficaram no granito, demonstrando que a broca era capaz de perfurar de uma vez 1/10 (um décimo) de polegada por segundo. Todavia, o granito é uma pedra tão dura que os mais modernos sistemas de perfuração usam pontas de diamante para perfurar 1/100 (um centésimo) de polegada por segundo.
Outras peças intrigantes são os cântaros e estátuas de diorita, mineral de cor escura, considerada uma das pedras mais duras do planeta. Estes jarros têm o gargalo muito fino e foram produzidos, cada um, em um só bloco de pedra. As aberturas de alguns cântaros não têm diâmetro suficiente sequer para o dedo de uma criança e, no entanto, seus interiores são perfeitamente ocos. Dunn especula que uma perfuradora para tal serviço talvez funcionasse com ultra-som, mas isso, é apenas uma hipótese.

Aviação

Outros sinais da existência de uma civilização científica no passado são encontrados em ruínas Incas-Maias. Nas tumbas incas foram encontrados pequenos pingentes de ouro com milhares de anos de idade. Estes pingentes reproduzem estruturas de veículos voadores. Para demonstrar que estes minúsculos enfeites representavam equipamentos reais, os cientistas Dr. Algund Eeboom e Peter Belting desenharam diagramas esquemáticos perfeitamente correspondentes aos objetos. Ao expandirem as imagens o suficiente para construir modelos funcionais descobriram que, simplesmente, colocando uma hélice na frente e estabilizadores atrás os aviões não só voavam como eram capazes de executar manobras aeronáuticas completas por meio de um controle remoto.


Hoagland também assinala que são muito comuns os planadores em forma de pássaro encontrados em tumbas egípcias. Estes planadores também possuem notáveis similitudes com aviões reais e são capazes de realizar longos vôos. Ao que parece os antigos egípcios também estavam a par das técnicas de aeronáutica. Esses modelos, encontrados ainda em outras culturas que jamais tiveram contato entre si, sugerem que em algum tempo existiu uma sociedade tecnológica dotada de uma aviação funcional de grande potência.


Ainda que se possa objetar que não há nenhum sinal, nenhum fragmento remanescente de modelos de aeronaves em tamanho real, isso pode ser facilmente explicado pelo período de tempo passado, mais de 10 milênios, tempo suficiente para corroer qualquer objeto exposto às intempéries. E se uma civilização é subitamente apanhada por um cataclismo de extensão planetária e, ainda, se a maior parte dessa civilização submergiu nas profundezas dos oceanos, mais compreensível se torna a ausência de evidências, exceto estes pequenos objetos que se conservaram no abrigo das sepulturas e ruínas soterradas.


Os pequenos modelos poderiam ser considerados objetos sagrados, recordação de uma cultura que foi varrida da face da Terra. Os modelos que se conservaram possivelmente são copiados, reproduções produzidas durante milhares de anos pelos sobreviventes da cultura desaparecida, os "sobreviventes" e suas gerações subseqüentes, como os Incas, os Egípcios, os Sumérios, os Cretences do mar Egeu etc.. As miniaturas de aeroplanos foram símbolos do "tempo do deuses", quando a humanidade tinha conquistado o céu e podia voar com a simplicidade de uma tecnologia tão avançada que parecia ser sobre-humana, mágica, coisa de seres divinos, um "mito".




Vimanas: parecidos demais com espaçonaves, seja nas descrições védicas, seja em representações pictográficas. Também nas escrituras hindus, relatos de guerras com utilização de armas e destruição semelhante ao que poderia ser causado por uma explosão atômica.
DIR.: O vidro verde é solo vitrificado do deserto de Gobi; um fenômeno característico de lugares que sofreram explosão atômica. "De acordo com os geólogos, este fenômeno é causado quando a areia é submetida a temperaturas excepcionalmente altas." Essas formações são estranhamente encontradas nos vale do Eufrates, nos desertos de Gobi e no Saara, no Iraque, na Escócia, Egito e Turquia.

Energia Atômica


Essa civilização que sumiu sem deixar quaisquer certezas de sua existência tem sido, freqüentemente, reconhecida como a lendária nação Atlante. As evidências da realidade dos Atlantes, embora não possua provas materiais definitivas possui numerosos registros conservados em escrituras sagradas de povos de todo o mundo. Relatos que por muito tempo foram considerados meras fantasias ou alegorias ligadas a temas religiosos.
Contudo, a exegese mais imparcial de muitos desses textos deixa claro que muitas daquelas "alegorias" são, na verdade, descrições de objetos que existiram e reportagem de fatos históricos. Segundo David Hatcher Childress em seu livro El Avion Vimana:


A Índia, há 15 mil anos, era conhecida como Império de Rama, uma terra contemporânea à Atlântida. Uma grande riqueza de textos existente na Índia testifica que havia mais de uma avançada civilização há mais de 26 mil anos. Guerras terríveis e mudanças geofísicas no planeta destruíram essas civilizações deixando somente núcleos de refugiados, sementes da atual humanidade.


As guerras devastadoras, conhecidas por escrituras hindus como o Ramayana e, principalmente, o Mahabarata, foram o ponto culminante dos conflitos do último Yuga (ou Era), os ciclos cósmicos do tempo. Na dinâmica do Universo existem ciclos dentro de ciclos. Os cálculos dos Yugas segundo os textos hindus permite estimar a idade daquela escritura em 26 mil anos.


Trata-se, portanto, de uma civilização muito mais antiga do que a História oficial está disposta a reconhecer. Mais importante é que nas volumosas escrituras Védicas se repetem as referências a artefatos voadores assim como o uso do que parecem ser armas nucleares que foram usadas em embates devastadores. Algumas descrições védicas dos Vimanas concordam tão perfeitamente com o conceito moderno de "aeroplano" que os estudiosos, invariavelmente, usam esta palavra em traduções para o inglês.


Para avançar um pouco mais neste ponto, examine-se o livro do Dr. Richard L. Thompson, Identidades Extraterrestres. Thompson é um graduado de Cornell com doutorado em matemáticas e também tem um profundo interesse em estudos Védicos e Ufologia. Seu livro aparece como um dos poucos textos genuínos em ufologia, de um autor que apresenta descobrimentos significativos ao invés de simplesmente reunir fatos de segunda mão. Thompson escreve (cap. 7 p 260):


O texto do antigo autor Bhoja, chamado Samarangana-sutradhara, declara que o principal material do corpo de máquina voadora (o vimana) é uma madeira muito leve, o ladhu-daru. A nave tem a forma de um pássaro grande, com uma asa de cada lado. A fonte de força é proporcionada por uma fonte de fogo com mercúrio posto em cima da chama. O poder (força) gerado pelo mercúrio aquecido ajudado por um movimento de "leme" faz com a máquina voe de modo orientado. Eu sugiro que os Vimanas descritos por Bhoja eram muito mais parecidos com aviões convencionais do que com OVNIS, posto que eram feitos de materiais ordinários, como a madeira, tinham asas e eram semelhantes a pássaros.

A descrição védica de uma possível explosão nuclear, ainda em Thompson, transcrevendo um texto antigo de Drona Parva, é suficiente para dar calafrios. Seu horrendo conteúdo faz pensar no quê a humanidade ou uma humanidade pode ter feito consigo mesma no passado:


O valente Adwatthaman, instalando-se resolutamente em seu vimana, invocou a "arma de Agni", ameaçadora até mesmo para o deuses. Apontando para todos os seus inimigos visíveis e invisíveis... inspirado com mantrans, acionou um canhão de fogo... Armas ardentes, aquelas flechas atingiram toda parte refulgindo no firmamento. Uma obscuridade espessa se espalhou na paisagem...


O Universo chamuscado pelos calores parecia estar com febre. Os elefantes e outras criaturas da Terra foram atingidas pela energia desta arma. Corriam de medo, respiravam pesadamente e buscavam abrigo que pudesse protegê-los daquela arma terrível. Até a água fervia exterminando as criaturas que habitam este elemento... Enormes elefantes foram queimados por essa arma.. proferindo ferozes lamentos... Corriam desorientados...


Essa é a descrição espantosa de uma catástrofe deflagrada por um dispositivo de destruição de energia nuclear. Robert Oppenheimer, um dos "pais" da bomba nuclear, teria dito na primeira experiência com um protótipo de bomba moderno: "Esta não é a primeira vez que a humanidade se utiliza da energia nuclear."




ESQ.: Entalhe na tampa de pedra da urna funerária do rei maia Pacal II, Pacal - o Grande ou ainda K'inich J'anaab Pakal em sua representação mais conhecida e intrigante. O pesquisador Erich von Daniken (Eram os Deuses Astonautas) observa que o personagem está em uma posição incomum: parece instaldao em um veículo operando comandos.
DIR.: Viracocha (no idioma quechua: Apu Kun Tiqsi Wiraqutra) é a divindade invisível, criadora de toda a cosmovisão andina. Era considerado como o esplendor original, o Senhor, Mestre do Mundo. Na realidade foi o primeiro deus dos antigos tiahuanacos, que provinham do lago Titicaca. De suas águas teria surgido, criando então o céu e a terra. WIKIPEDIA

Atlantes & Visitantes do Espaço


A análise, cada vez mais apurada das escrituras antigas e as contínuas revelações das ciências antropológica, arqueológica e outras, têm fortalecido a idéia de que outra humanidade ou mais de uma antecederam a atual antes, de serem completamente aniquiladas por cataclismos globais e/ou regionais. As descrições de ao menos uma destas civilizações [a mais recente] mostram notáveis similaridades com o mundo contemporâneo, especialmente no aspecto tecnológico. Os pesquisadores concordam que, muito possivelmente, essa misteriosa civilização foi desenvolvida pelos legendários Atlantes.


Ainda segundo as escrituras antigas, a cultura Atlante era muito mais centrada no espírito que as sociedades atuais. Também foi uma civilização visitada por extraterrestres com quem estabeleceram uma aliança de cooperação com inteligências alienígenas que pode ainda estar vigorando como um "Diretório Oculto". Hoje, os pesquisadores têm evidências suficientes para demonstrar que os governos T~em algo a esconder e que os Ovnis são reais.


Ao que parece, a Atlântida mantinha uma relação avançada com os visitantes. O trabalho intitulado Deus e Astronautas do Antigo Oriente, de W. Raymond Drake, proporciona uma perspectiva cultural a nível mundial de cooperação humana e interação extraterrestre na história antiga. Os dados históricos apresentados por Drake vêm de diversas civilizações como Índia, Suméria, Tibet, Japão, Egito, Israel e Mesopotâmia.


Na Índia, vários poderes conhecidos como siddhis são atribuídos aos seres cósmicos, extraterrestres (humanóides Védicos) que visitaram a Terra em passado recuado e são freqüentemente mencionados nos Vedas. Também se dizia que estes siddhis podiam ser exercidos por certos mestres humanos iluminados:

▪ A comunicação mental e a leitura da mente. Isto é normal nos humanóides védicos.
▪ Capacidade de ver a uma grande distância
▪ Laghima-siddhi: levitação ou antigravidade. É também o poder de "criar" um enorme peso. (Habilidade que pode ter sido usada na construção de monumentos grandiosos, com as pirâmides.)
▪ Anima e mahima-siddhis: o poder de mudar o tamanho dos objetos e seres vivos sem romper sua estrutura.
▪ Prapti-siddhi: o poder de mover um objeto de um lugar para outro sem cruzar o espaço intermédio (tele-transporte). Este poder está relacionado à habilidade de viajar a "reinos paralelos" e a dimensões superiores.
▪ A habilidade de mover objetos diretamente através do éter sem impedimento de obstáculos densos. Este tipo de viagem se chama vihayasa e permite que um corpo seja diretamente transferido a um ponto distante por ação da mente.
▪ Vasita-siddhi: o poder do controle hipnótico à distância. Os contos védicos assinalam que este poder pode ser usado para controlar de longe os pensamentos das pessoas.
▪ Antardhana: a invisibilidade.
▪ Metamorfose: a habilidade de assumir formas diferentes ou gerar formas ilusórias do corpo.
▪ O poder de entrar no corpo de uma pessoa e controlá-lo. Isto se faz usando o corpo sutil.
* A definição de corpo sutil se refere, na literatura psicológica comum ao "corpo astral", corpo da alma. Há evidências de que sociedades muitas antigas tinham um amplo conhecimento de sua existência e da habilidade de transferir totalmente a consciência normal desperta. Os estudiosos contemporâneos e pós-modernos se referem a esta habilidade como "Experiência Fora do Corpo" [ESP] e, também, a "Experiência de Quase Morte" [EQM], que parece ser de natureza similar.

Ainda que muitos acadêmicos considerem estas idéias demasiado alucinantes para serem reais, existem repetidos exemplos de estes siddhis se desenvolvem em pessoas comuns da presente era. O livro O Universo Holográfico, de Michael Talbot, relata esses casos com riqueza de detalhes.


Reportando, mais uma vez a Identidade Extraterrestres, de Thompson, ali se encontra a curiosa informação sobre a natureza e a abundância de vida extraterrestre:
Os Puranas (textos hindus) falam de 400 (quatrocentas) mil! formas de humanóides vivendo em vários planetas e mais 8 milhões (!) de outras formas de vida, incluindo plantas e animais menores. Entre esses 400 mil tipos de humanóides, os seres humanos, tal se conhece na Terra, são considerados [como era de se esperar!] entre os menos poderosos. É um dado que se encaixa no quadro dos relatos de encontros com Ovnis.


Evidentemente, as sociedades atuais não têm contato direto ou aberto com supostos visitantes; se o mundo tivesse certeza da existência de uma gigantesca comunidade cósmica sua visão do Universos seria muito diferente, sobretudo as pessoas tivessem consciência de que o homo sapiens é classificado entre os menos poderosos, em relação a outras raças de seres.
[Pior, a rigor, os sapiens da Terra presente teriam regredido em comparação aos Atlantes do passado, ao menos no diz respeito às ciências e tecnologias.] É importante notar que, se alguns Vimanas parecem ter sido aviões, havia outros "modelos", destinados a outros usos que eram tecnologicamente muito mais ousados. O texto védico Vimanika Sastra trata da arte de fabricar vários tipos de veículos que podiam se movimentar na terra, no céu terreno e interplanetariamente, de globo a globo. Constam dos antigos manuscritos:
Os segredos para construir aeroplanos que não se quebram, que não podem ser cortados, não pegam fogo, enfim, não podem ser destruídos e outros segredos mais:
▪ O segredo de fazer um avião planar imóvel.
▪ O segredo de fazer as aeronaves ficarem "invisíveis".
▪ O segredo de ouvir conversas e outros sons em campo inimigo
▪ O segredo de obter fotografias das aeronaves inimigas
▪ O segredo de saber da proximidade de aeronaves inimigas
▪ O segredo de fazer com que as pessoas em aeronaves inimigas "percam a consciência" (!)
▪ O segredo de destruir os aviões inimigos



Suméria ― Elo Perdido


O trabalho enciclopédico de Zecharia Sitchin, incluindo Gênesis Revisitado e, sobretudo, na série intitulada Crónicas de la Tierra também enfoca esta cooperação que existiu, algum dia, entre a humanidade e a vida extraterrestre. O Dr. Sitchin é uma de aproximadamente apenas 200 pessoas no mundo que pode ler e traduzir totalmente as antigas placas de pedra com escrita cuneiforme da Suméria.


Seu trabalho parte do pressuposto de aceitar a informação e os registros históricos como documentos verdadeiros sem recorrer {a crença normal de que são mitos. Seguindo esta premissa, Sitchin entende esses textos utilizando como apoio o conhecimento atual e, fazendo isto, seu trabalho é tão sólido que ninguém desacreditá-lo. Por conseguinte, Sitchin é, simplesmente, ignorado e seu estudo é tão completo, tão integral que ninguém jamais tentou atacá-lo.


Nos livros de Sitchin são apontadas abundantes evidências de tecnologia aérea, presença de humanóides extraterrestres, armas laser e conhecimento avançado, incluindo descrições rigorosamente exatas e detalhadas do nosso sistema solar, tudo em uma época anterior à "antiguidade histórica". Interessa sobretudo a referência ao duodécimo planeta, nomeado Nibiru.
Em outubro de 1999, a existência desse planeta começou a ser formal e silenciosamente reconhecida pela comunidade científica. Nibiru está relacionado com as misteriosas perturbações visíveis nas órbitas de cometas distantes, originários dos mais recôntidos e longínquos pontos do nosso sistema solar, o que sugere a existência de um planeta, do tamanho de Júpiter, além da órbita de Plutão, cuja gravidade está afetando todo o sistema.


As descrições das tabuletas cuneiformes sumérias são extremamente técnicas e a Saga de Gilgamesh, assemelha-se ao registro de um desastre ambiental perfeitamente factível e que poderia o relato da submersão da Atlântida. Em Crônicas da Terra, Sitchin apresenta argumento sólidos relacionando o episódio ao relato bíblico do Dilúvio de Noé, que seria uma versão condensada, simplificada do evento onde o protagonista, Gilgamesh, foi renomeado, chamado Noé e muitos detalhes foram omitidos.

Oannes


A existência de sobreviventes do dilúvio atlante, sobreviventes como Gilgamesh, também ajuda a revelar a identidade de ilustres "homens do mar", como o rei do mar sumério-babilônico Oannes, que foi descrito em culturas de todo o o mundo como "mestre", aquele que "veio" e civilizou muitos povos rapidamente.


A idéia que prevalece por trás da história de Oannes é que,simplesmente, foi um dos primeiros sobreviventes da Atlântida que apareceu publicamente "vestido" com "roupa de peixe" (traje de mergulho) e, creia-se ou não, esta figura exótica deve causado a impressão de ser uma criatura algo mística, mágica, divina, [para as populações que, embora também fossem sobreviventes, certamente teriam sofrido um processo de regressão social, brutalizando-se, animalizando-se].
Foi um tempo em que vimanas poderiam ter se salvado e Oannes [poderia ter "pousado" seu veículo no mar, ou emergido do próprio mar (veículo submarino), aventurando-se durante o dia e regressando à sua nave à noite. Sobre este tema, Raymond Drake cita Alexandro Polyhistor, comentando um trecho de Berossus, um autor sumério/caldeu:

Berossus descreve um animal dotado de razão que foi chamado Oannes; o corpo inteiro do animal assemelhava-se a um peixe, com cabeça humana (!); seus pés também eram humanos... sua voz era humana e articulada e desde esse dia foi conservada uma representação dele.
Este ser, durante o dia conversava com os homens mas não consumia alimento algum. Ele ensinou as letras, as ciências e as artes. Ensinou a construir casas, fundar templos, compilar leis e explicou os princípios do conhecimento geométrico.


Também lhes disse como distinguir as sementes da terra e ensinou a conservar as frutas. Ele os instruiu em tudo o que podia "abrandar" as maneiras e humanizar o "bicho-homem". Desde esse tempo, tão universais foram suas instruções que nada se pôde fazer para melhorar esses conhecimentos. Quando o sol se punha, Oannes costumava submergir novamente no mar e ali passava a noite, nas profundezas, porque era anfíbio. Depois disso apareceram outros animais como Oannes.

É um aspecto notável da cultura da Suméria a presença destes seres, como Oannes, que guiaram o povo rapidamente, de uma cultura nômade para uma sociedade avançada, com água corrente, escolas, leis, governo, agricultura e pecuária, domínio do fogo, conhecimentos médicos, além da matemática, da arquitetura, engenharia etc..


Com um "enredo" semelhante, quase todas as culturas meso-americanas têm lendas sobre homens brancos muito civilizados, como Quetzolcoalt e Viracocha, que vieram do mar, instruíram o povo em conhecimentos avançados e foram adorados como deuses. Mais uma vez, estes visitantes poderiam ser os sobreviventes da colapsada civilização atlante. Não bastassem os saberes de controle sobre a matéria grosseira, com as técnicas espirituais do conhecimento atlante, dotados de siddhis especiais (poderes) suas habilidades deveriam, de fato, dar a impressão de que os "homens do mar" eram deuses.

Mistérios


Segundo numerosas fontes de diversos campos, o acervo do conhecimento atlante foi preservado, ainda que de forma esparsa, por seus sobreviventes. O único relato histórico reconhecido como válido sobre a Atlântida é o famoso texto atribuído a Platão que, além de ser desconsiderado pelos cientistas [também é apontado pelos ocultistas como parcialmente equivocado, confundindo uma pequena porção de território, uma pequena ilha, com a totalidade do continente Atlântico, muito maior. Porém, mesmo a pequena ilha de Platão]... desapareceu em um súbito cataclismo que causou sua submersão no oceano.


O relato do filósofo grego diz que poucos habitantes se deram conta do que estava para acontecer e conseguiram deixar a "ilha-continente". Os migrantes dirigiram-se para diferentes regiões da Europa, África e Ásia bem como Américas, especialmente aqueles que deram origem aos chamados povos pré-colombianos.


Segundo as lendas, durante a "Era Atlântida" a maior parte do mundo não era constituída de nações civilizadas. A própria Atlântida, asilada, rodeada pelo oceano Atlântico, estava mais adiantada que muitas das culturas indígenas de outras partes do mundo. Não havia um mesmo nível de desenvolvimento global [como não há, ainda hoje, apesar da globalização!]. Os atlantes haviam começado um processo de colonização de sociedades mais primitivas quando a sobreveio a catástrofe.


O cataclismo Atlante submergiu completamente a ilha-continente de Platão e, em muitos casos, os sobreviventes do desastre se viram lançados em meio à comunidades atrasadas que não os compreendiam. Em alguns casos, mal começavam a expor seu conhecimento, era mortos imediatamente porque causavam temor. Por isso, muitos sobreviventes de Atlântida mantiveram seus conhecimentos sob rigoroso sigilo, cautelosos, para não criar conflitos. Assim, organizaram-se em sociedades secretas, que mantiveram a herança do conhecimento e da sabedoria conservada ao longo de milênios.


Esta herança é, freqüentemente, em sentido amplo, chamada de "Mistérios" ou Tradição. Os Mistérios, mais de uma vez quase foram banidos em meio às condições opressivas de um mundo retornado à barbárie. O conhecimento sobreviveu na obra de homens como os gregos Thales, Pitágoras e Platão, e também no Oriente, na índia, China, Japão e, mais recentemente, no trabalho de Francis Bacon, por exemplo.

Sociedade Secreta


Bacon, um contemporâneo da época elisabetana, teve acesso aos antigos arquivos do Vaticano e outros. Os esforços de Bacon para ressuscitar os Mistérios foi o quê diretamente engendrou a moderna Ordem Maçônica. A Ordem Maçônica é muito censurada pelos "teóricos das conspirações" como um alvo fácil por conta de seus votos ou pactos de segredo e seu inegável poder mundial. Apenas como ilustração, quase todas as pessoas que assinaram a Declaração de Independência dos Estados Unidos eram maçons assim como vários dos astronautas e dos presidentes daquela que ― ainda ― é a mais poderosa nação do planeta.


Na maçonaria e em outras sociedades secretas, somente os mais graduados [graus de saber] têm alguma idéias do que são realmente os Mistérios. Os graus mais baixos, são designados um grupo de membros leais que reforçam o poder do grupo e sua influência sem comprometer os segredos. Entretanto, as informações vazam através de eventuais dissidentes que violam a lei do silêncio. Os livros de Manly Palmer Hall, um iniciado maçônico de 33º, grau mais alto publicamente reconhecido, é considerado a única fonte mais ou menos confiável dos segredos do Mistério.
O livro Las Enseñanzas Secretas de Todas las Edades é, sem dúvida, o documento mais próximo de revelar as grandes verdades possíveis de serem divulgadas sobre os Mistérios Atlantes. O livro começa com extensa e mesmo exaustiva discussão sobre filósofos, gregos, romanos, históricos, até o presente, apresentado idéias contraditórias. É uma discussão que mostra o conhecimento unificado dos Mistérios que se dispersou e, assim, todos teriam suas próprias teorias baseados no pouco que sabiam. Apesar disso, pode-se perceber o elo em comum.
Certos filósofos, como Pitágoras, buscaram eliminar esse problema [da dispersão dos conhecimentos] viajando a terras longínquas, recopilando informações de diferentes áreas do saber. Depois, Hall apresenta o conhecimento maçônico oculto, a origem secreta de toda filosofia e o papel do simbolismo, usado para transmitir informação e esconder a verdade dos não-Iniciados.


Hall esclarece que embora os gregos reclamem para sua nação a origem da filosofia, os mais sábios entre eles reconheceram que a fonte primeira da filosofia é "o oriente". As magníficas instituições hindus, caldéias (sumérias) e egípcias devem ser reconhecidas como a verdadeira origem da sabedoria grega.


O fato é que a filosofia surgiu dos Mistérios religiosos da Antiguidade. Não havia separação entre conhecimento científico e religioso até que os Mistérios começaram a "decair". Os Mistérios são um conhecimento transcendental da realidade que somente pode ser compreendido por um intelecto muito poderoso que tenha compreendido a desimportância das ambições pessoais. Os guardiões dos Mistérios consagram suas vidas ao serviço altruísta pela humanidade.

Simbolismos


O simbolismo é o idioma dos Mistérios, um simbolismo que não é misticismo filosófico; é uma técnica de expressão que serve para se referir aos objetos que escapam à capacidade do homem de traduzir em palavras aquilo que vê, que sabe, que sente. Trata-se de comunicar pensamentos que transcendem as limitações do idioma.


Rejeitando os dialetos concebidos pelo homem como inadequados e indignos de perpetuar as idéias divinas, os Mistérios utilizam método mais engenhoso de conservar seu conhecimento transcendental. Em uma só figura o símbolo pode revelar. Para o sábio, o tema do símbolo é óbvio no entanto, para o ignorante, a figura permanece incompreensível. aquele que busca desvelar a doutrina secreta da antiguidade não deve buscar essa doutrina nas páginas abertas de livros que poderiam cair em mãos indignas.


Os Iniciados da Antiguidade eram perspicazes. Eles compreenderam que as nações vêm e vão, que os impérios caem e que as Idades douradas das artes e ciências são seguidas por Idades obscuras de superstição. Com as necessidades da posteridade na mente, os sábios antigos foram a extremos inconcebíveis para assegurar-se de que o conhecimento seria preservado.
Gravaram-no nas encostas de pedra das montanhas ou o ocultaram em imagens colossais, cada uma das quais era uma maravilha geométrica. Seu conhecimento de química e matemática foi escondido em mitologias que mesmo o ignorante perpetuaria, em templos e monumentos que o tempo não destrói completamente. Escreveram em caracteres que nem o vandalismo dos homens nem a crueldade dos elementos poderiam destruir.


Hoje, os homens olham espantados para o poderoso Memnons (as Pirâmides) nas areias do Egito ou nas estranhas pirâmides terraceadas de Palenque (Américas). São testemunhas mudas das artes e ciências perdidas da Antiguidade; e esta sabedoria deve permanecer oculta até que esta raça tenha aprendido a ler o idioma universal ― o simbolismo.

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FONTE: Introdución a La Herança In Biblioteca Pleyadestradução & adaptação: Mahajah!ck@hotmail.com


segunda-feira, 6 de abril de 2009

MAIS UMA PROVA IRREFUTÁVEL DA REENCARNAÇÃO

A conversa de Jesus com Nicodemos:
És mestre em Israel e ignoras essas coisas?
“O que existe, já havia existido: o que existirá, também já
existiu” (Ecl 3, 15).
“Eu era um jovem de boas qualidades e tive a sorte de ter
uma boa alma, ou melhor, sendo bom, vim a um corpo
sem mancha” (Sb 8, 19).
“Porque nós somos de ontem e nada sabemos...” (Jó 8, 9).
Introdução
O que temos observado, e que achamos muito interessante, é que as pessoas que não
acreditam na reencarnação fazem de tudo para retirar essa idéia da Bíblia, como se isso, por si
só, fosse resolver a questão. Estes indivíduos pressupõem, ingenuamente, que se a Bíblia não
disser nada sobre a reencarnação, esta não irá existir. Já falamos, e por várias vezes, que a
Bíblia não é um compêndio de Ciência e que, por isso, não podemos determinar a existência ou
não de qualquer uma das leis naturais com base em suas páginas. Para nós a reencarnação
está no âmbito das leis naturais, não tendo nada a ver com religião, como a querem levar a
esse campo seus contraditores, para, daí, apresentarem a Bíblia como prova de sua não
existência. Nosso objetivo será exatamente o de provar o contrário.
Após retirarem, mudarem ou interpretarem de forma equivocada e tendenciosa algumas
passagens, arrematam categóricos: “não está lá”. Isso satisfaz, evidentemente, aos que
aceitam tudo sem questionar e aos que, subjugados pela liderança religiosa, não ousam
contestá-la, esquecendo-se de que somente “onde se acha o Espírito do Senhor aí existe a
liberdade” (2Cor 3,17).
Vamos analisar uma das passagens, talvez a que causa maior polêmica entre os antireencarnacionistas
de carteirinha, ou seja, os cristãos fundamentalistas, para extrair dela o seu
significado.
O texto em exame
A passagem está em João capítulo 3, versículos de 1 a 12; leiamos:
1. Havia, entre os fariseus, um homem chamado Nicodemos, um notável entre os
judeus. 2. à noite ele veio encontrar com Jesus e lhe disse: “Rabi, sabemos que vens da
parte de Deus como mestre, pois ninguém pode fazer os sinais que fazes, se Deus não
estiver com ele”. 3. Jesus lhe respondeu: "Em verdade, em verdade, te digo: quem não
nascer de novo não pode ver o Reino de Deus”. 4. Disse-lhe Nicodemos: “Como pode
um homem nascer, sendo velho? Poderá entrar segunda vez no seio de sua mãe e
nascer?” 5. Respondeu-lhe Jesus: “Em verdade, em verdade, te digo: quem não nascer
da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus. 6. O que nasceu da carne é
carne, o que nasceu do Espírito é espírito. 7. Não te admires de eu te haver dito: deveis
nascer de novo. 8. O vento sopra onde quer e ouves o seu ruído, mas não sabes de
onde vem nem para onde vai. Assim acontece com todo aquele que nasceu do Espírito”.
9. Perguntou-lhe Nicodemos: “Como isso pode acontecer?” 10. Respondeu-lhe Jesus: “És
mestre em Israel e ignoras essas coisas? 11. Em verdade, em verdade, te digo: falamos
do que sabemos e damos testemunho do que vimos, porém não acolheis o nosso
testemunho. 12. Se não credes quando vos falo das coisas da terra, como crereis
quando vos falar das coisas do céu?” (Bíblia de Jerusalém).
O realce, em negrito, aos termos dos versículos 3 e 7, é nosso, já que devemos destacar
isso mais à frente.
A Teologia Católica
A polêmica instala-se por conta do termo grego anóthem, que, segundo os exegetas,
tanto pode ser entendido como “de novo” quanto “do alto”. Isso é um prato cheio para que os
teólogos tirem dessa passagem a idéia da reencarnação, para introduzirem a do batismo, para,
com isso, justificarem este ritual.
Uma das traduções que destacamos é a da Bíblia de Jerusalém, pelo motivo dela ter sido
elaborada por uma equipe de tradutores católicos e protestantes. Nela lemos a seguinte
explicação: “João emprega um termo grego, anóthem, que significa também ‘do alto’ (cf. 3,
7.31). Esse duplo sentido não existe na língua de Jesus e de Nicodemos”. (p. 1847).
Aqui vemos um golpe de morte naqueles que querem buscar nisso um pretexto para retirar
dessa passagem a idéia da reencarnação.
Vejamos o que encontramos em outras Bíblias católicas:
Ave Maria: no v. 4 está dito “renascer”, e quanto ao v. 5 explicam que é uma alusão ao
batismo. (p. 1386).
Pastoral: apenas no v. 3 usaram “do alto”, buscam, também, relacionar essa passagem
ao rito do batismo. (p. 1356-1357).
Barsa: aplicaram ao v. 3 a expressão “renascer de novo”, no v. 5 “renascer” e no 7
“nascer outra vez”. Embora não falem nada sobre batismo, implicitamente querem levar a essa
idéia quando, no v. 5, ao invés de colocar “e do Espírito”, mudam para “e do Espírito Santo”.
Um detalhe importante dessa Bíblia é sua antigüidade; foi editada em 1965, do que concluímos
que nas edições mais recentes, a preocupação de retirar a idéia da reencarnação fica mais
evidente. (Novo Testamento, p. 79).
Santuário: Usam no v. 3 e 5 “de novo”; na explicação do v. 3 colocam:
O termo grego aqui empregado é ambíguo. Tanto se pode traduzir por ‘nascer de novo’ como
por ‘nascer do alto’. Nicodemos entende-o no primeiro sentido, como se vê pelo contexto.
Jesus, porém, reconduz a conversa ao seu caminho: os que pertencem ao Reino, não são os que
nasceram da carne e do sangue (os descendentes de Abraão, como pensavam os judeus), mas os
que nasceram de Deus (cf. Jo 1,13). Tal nascimento realiza-se no batismo (Jo 3,5). (p. 1574). (grifo
nosso).
Do Peregrino: informam-nos que Nicodemos em grego quer dizer “vitória do povo”;
aliás, muito significativo para a idéia da reencarnação. (p. 2552).
Vozes: nos v. 3 e 7, aplicam o “do alto”, dando a seguinte explicação:
A expressão nascer do alto (v. 3) em grego pode ser entendida também como nascer de
novo, como faz Nicodemos (v.4), no sentido de ser concebido e dado à luz. Jesus, no entanto, fala
de um novo nascimento de Deus, da água e do Espírito Santo (v.5), numa referência direta ao rito
do batismo (cf. 1,12s). (p. 1275) (grifo nosso).
Aqui temos a confirmação de que, pelo contexto, a expressão deverá ser entendida como
“nascer de novo”, pois foi assim que Nicodemos entendeu, conforme nos afirmam alguns
tradutores da Bíblia. Não adianta, para justificar o contrário, querer comparar o significado de
uma palavra colocada em textos diferentes, uma vez que ela poderia, muito bem, ter
significados distintos, o que somente o contexto em que cada uma está poderá dar a conhecêlos.
Quanto à questão do batismo, iremos falar mais à frente, noutro tópico.
A Teologia Protestante
Tanto a Novo Mundo, quanto a SBB e a Mundo Cristão, utilizam o “nascer de novo”.
Dessa última transcreveremos as explicações a seguir:
3:3 nascer de novo. Lit., de cima (como em 3:31; 19:11), embora a palavra também
signifique “outra vez”, “de novo” (Gl 4:9). O novo nascimento ou regeneração (Tt 3:5) é o ato de
Deus que concede vida eterna ao que crê em Cristo. Como resultado, tal pessoa torna-se membro
da família de Deus (1 Pe 1;23) com uma nova capacidade e um novo desejo de agradar a seu Pai
celeste (2 Co 5;17).
3:5 Quem não nascer da água e do Espírito. Várias interpretações têm sido sugeridas para o
termo água neste versículo: (1) Que ela se refere ao batismo como condição para a salvação. Isto,
porém, contradiz muitas outras passagens do N.T. (Ef 2:8-9). (2) Representa o ato de
arrependimento indicado pelo batismo de João. (3) Refere-se ao nascimento físico; assim, o
versículo diria: “Quem não nascer a primeira vez da água e a segunda vez do Espírito”. (4) Significa
a palavra de Deus, como em Jo 15;3. (5) É um sinônimo para o Espírito Santo, sendo esta a
tradução: “da água, isto é, do Espírito”. Uma verdade é clara: o novo nascimento vem de Deus
através do Espírito. (p. 1322).
2
Vez por outra, recorremos a um renomado filósofo do século XVII, Raruch de Espinosa
(1632-1677), já que, o que afirmou, ainda prevalece em nossos dias. Agora novamente o
faremos; assim leiamos:
Admira-me bastante, pois, a engenhosidade de pessoas, como aquelas de quem já falei, que
enxergam na Escritura mistérios tão profundos que se torna impossível explicá-los em qualquer
língua humana e que, além disso, introduziram na religião tantas matérias de especulação filosófica
que a Igreja até parece uma academia e a religião uma ciência, ou melhor, uma controvérsia. (...).
(ESPINOSA, 2003, p. 208).
O comum dos teólogos, todavia, entende que se devem interpretar metaforicamente aquelas
passagens em que se atribuem a Deus coisas que eles conseguem ver pela luz natural serem
incompatíveis com a natureza divina, ao passo que tudo aquilo que escapa à sua capacidade de
compreensão se deverá aceitar à letra. Porém, se todas as passagens daquele gênero que se
encontram na Escritura tivessem obrigatoriamente de ser interpretadas e entendidas
metaforicamente, então a Bíblia não teria sido escrita para o povo e para o vulgo ignorante, mas
unicamente para os especialistas, designadamente os filósofos. (ESPINOSA, 2003, p. 213).
Aqui é interessante notar que mais um tiro mortal é dado, dessa vez em relação à
questão de relacionar a passagem ao ritual do batismo como condição sine qua non para a
salvação, conforme ainda podemos perceber em alguns argumentos teológicos.
A Teologia Espírita
Vamos apresentar os argumentos de um escritor espírita sobre este assunto. No livro
“Analisando as Traduções Bíblicas”, o autor Severino Celestino da Silva, no capítulo XVII – A
Reencarnação no Novo Testamento, ao se referir à passagem de João 3,1-12 (pp. 238-242),
diz-nos o seguinte:
Este é o texto que tem dado mais trabalho aos exegetas que querem negar a Reencarnação.
No entanto, é o mais claro e contundente de todos, por isso, existe um verdadeiro malabarismo por
parte destes, no sentido de obscurecer o verdadeiro e claro sentido desta passagem. Iniciamos pelo
vocábulo ’anóten’ que em grego pode significar ’de novo’ e ’do alto’.
Nesta passagem, esse vocábulo significa realmente ‘de novo’, porém a maioria dos
exegetas emprega o termo ‘do alto’ para justificar a sua descrença na Reencarnação. Este
malabarismo envolve também a questão gramatical na tradução do texto, como veremos mais
adiante. Colocaremos, aqui, muitas observações e conceitos empregados, sobre este texto, feitos
por Torres Pastorino na sua obra ‘Sabedoria do Evangelho’, com relação ao texto grego.
Concordamos plenamente com todos os seus conceitos, razão por que o usaremos para reforçar
nossa exegese. A análise do texto hebraico é de autoria e responsabilidade nossa.
Muitos começam com a afirmação de que Jesus teria dito: ‘AQUELE QUE NÃO NASCER
‘DO ALTO’. Observe, no entanto, que a pergunta feita por Nicodemos, em seguida, denota que ele
entendeu que Jesus falava realmente em nascer ‘de novo’ e não ‘do alto’: Como ‘pode o homem,
depois de velho, entrar pela segunda vez (duteron) no ventre materno?’.
Esta ambigüidade de entendimento só acontece na língua grega, porque no hebraico, que foi
realmente a língua em que Jesus dialogou com Nicodemos, este problema não existe. O texto é
bem claro e jamais pode significar ‘do alto’. Diz o seguinte: (‘im lô iauled ish mimkôr ‘al lô-iukal
lirôt et-malkut haelohim’) im=se, lô=não, iualed=incompleto do grau qal(1) do verbo
‘nolad’=nascer, ish=um homem, mimikôr=palavra composta, formada por mi=de + makôr=fonte
de água viva, origem. Existe a expressão hebraica ‘Mekôr chaim’ que quer dizer ‘fonte da vida’.
Observe que não existe nada referente ‘ao alto’, no texto grego, como muitos querem se fazer
entender. Assim, o Cristo fala que aquele que não nascer em origem, no sentido de se voltar à fonte
original da vida, ou seja, nascer novamente, ‘não poderá’ (lô-iuchal=incompleto do verbo
iachôl=poder) ver o reino de Deus (lirôt et-malkut haelohim).
Assim, no diálogo, a palavra grega ‘anóten’ tem o sentido e significado de ‘de novo’,
portanto, Jesus falava de retorno, ou seja, de Reencarnação mesmo, como foi visto no texto
hebraico.
Lembramos, ainda, que Nicodemos já era um cidadão de idade avançada e o Cristo lhe fala
da Reencarnação (Nascer de Novo), como uma esperança e reconforto para ele, mostrando-lhe que
a vida não termina com a morte, nem os velhos devem temer a morte, pois podem renascer e
começar tudo novamente.
Na seqüência, Cristo confirma que era isso mesmo que Ele queria dizer: ‘Quem não nascer
de água (materialmente, com o corpo denso, dado que o nascimento físico é feito através da
bolsa d’água do líquido aminiótico), veja o cap. VII deste livro, Salmo 23 e de espírito
(pneumatos), ou seja, que adquira nova personalidade no mundo terreno, em cada nova
existência, a fim de progredir). Se Nicodemos entendeu ao pé da letra as palavras de Jesus, o
Mestre as confirma ao pé da letra e reforça o seu ensino. Com efeito, o espírito, ao reentrar
na vida física, pode ser considerado o mesmo espírito que reinicia suas experiências,
esquecido de todo passado’.
A questão gramatical: No texto em grego não há artigo diante das palavras ‘água’ (ek
ydatos= de água) ‘e espírito’ (kai pneumatos), portanto, o texto fala em nascer ‘de água e de
3
espírito’. Não é portanto, nascer da água do batismo, nem do espírito, mas de água (por meio da
água) e de espírito (pela Reencarnação do espírito).
O primeiro versículo do Gênesis (1:1) fala que no princípio criou Deus os Céus e a terra. A
palavra ‘céus’ em hebraico ‘Shamaim’ - ???? (2) - significa: ‘Carrega água’, ‘Ali existe água’;
‘fogo e água’ que misturados um ao outro, formaram o Céus.
Como podemos observar, tudo começou com as águas. Água é vida e essa era a crença
geral naquela época. É lógico que o Cristo não falava de batismo e sim de retorno através da água.
Lembramos ainda que 99% da constituição das células reprodutoras são água.
Daí a explicação que segue: ‘o que nasce da carne (ek tês sarkos) com artigo (tês) em
grego, é carne’, isto é com corpo físico, com toda a hereditariedade física herdada do corpo
dos pais; ‘e o que nasce do espírito (ek tou pneumatos) é espírito’, ou seja, o espírito que
reencarna provém do espírito da última encarnação com toda a hereditariedade pessoal
(cármica) que traz do passado.
E Jesus prossegue: ‘Por isso não te admires de eu te dizer: é-vos necessário nascer de
novo’. Observe a diferença de tratamento: ‘dizer-TE’ no singular, e ‘é-VOS’ no plural, porque o
renascimento é para todos, não apenas para Nicodemos. E mais: ‘o espírito sopra (isto é, age,
reencarna, se manifesta onde quer), e não sabes de onde veio (ou seja, sua última
encarnação), nem para onde vai (qual será a próxima).
’As palavras de Jesus foram de modo a embaraçar Nicodemos, que indaga: “como
pode ser isso’? E Jesus: ‘Tu que (entre nós dois) é Mestre de Israel, te perturbas com estas
coisas terrenas? Que te não acontecerá então, se te falar das coisas celestiais (espirituais)?’.
Logicamente Jesus não podia esperar que Nicodemos entendesse as interpretações mais
profundas desse ensinamento, nem tão pouco estava querendo ensinar-lhe o batismo, nesta
passagem, como muitos querem justificar
Se o Cristo falava realmente do batismo para Nicodemos, por que não o convidou a se
batizar? E por que o próprio Cristo não o batizou? Leia em João 4:2 que Cristo não batizava, quem
batizava eram os discípulos. E por que diante de tantas curas, milagres e encontros, como no da
‘Adúltera’, com ‘Zaqueu’, com o ‘Centurião’, com a ‘Cananéia’, Cristo nunca falou em batismo?
Não seria uma oportunidade para este convite? No entanto, sua recomendação era para a mudança
interior: ‘vai e não peques mais para que coisa pior não te venha acontecer’.
E Jesus conclui exemplificando: ‘como Moisés ergueu a serpente no deserto, assim o
Filho do Homem será erguido da Terra’. (Veja a história da serpente erguida no deserto no Livro
Números – vicrá- 21:4-9).
Aqui o Cristo prevê o que aconteceria a Ele, ou seja, a sua morte na cruz para que hoje seja
erguido na terra como filho de Deus e dirigente de toda a nação terrena.
Paulo, em sua epístola a Tito 3:4-5, interpreta bem esta citação do Cristo: ‘Mas quando
apareceu a vontade de Deus, nosso salvador, e o seu amor para com os homens, não por
obras da justiça que tivéssemos feito, mas segundo sua misericórdia nos salvou pelo
lavatório da reencarnação, e pelo renascimento de um espírito santo’.
Aqui, Paulo deixa bem claro que Deus nos salvou não porque o tivéssemos merecido, mas
por Sua misericórdia, servindo-se da reencarnação a qual é um ‘lavatório’ (de água) e um
‘renascimento do espírito’. A palavra grega do texto a que se refere Paulo é ... (a palavra está em
grego que não temos condições de reproduzir) ‘Palingenesia’ – isto é, ‘renascimento’, ‘Novo
Nascimento’, REENCARNAÇÃO.
(1) Esclarece-nos o autor do livro, Dr. Severino que: O termo QAL ou qal é uma palavra hebraica que significa
"Fácil" que tem o sentido gramatical de "forma fácil" ou "simples" de conjugação do verbo na língua hebraica. O
verbo em hebraico possui sete graus de conjugação (Qal, nif'al, piel, pual, hif'iil, haf'al e hitpa'el.) Nesse caso
específico foi colocado com relação ao verbo nascer (nolad-em hebraico). O incompleto que é o futuro do verbo
na forma QAL que é a mais simples das conjugações.
(2) Neste ponto o Dr. Severino coloca a palavra em grego, na “fonte” SIL EZRA, que não colocamos por não a
possuirmos.
(DA SILVA, 2001, pp. 238-242) (os grifos são do original).
Deixa-nos Severino Celestino, e com clareza meridiana, um posicionamento sereno e
equilibrado diante da passagem analisada, embora saibamos que não irá agradar aos
fundamentalistas. Mas como já o dissemos, não é este o nosso objetivo.
Os fariseus e o povo - o que pensavam?
Como sempre argumentam que, naquela época, não existia a idéia conceitual da
reencarnação, devemos, por amor à verdade, apresentar as provas de que isso não tem
fundamento.
A primeira questão é que, se nós formos buscar a palavra “reencarnação” na Bíblia, não
a encontraremos. Entretanto, facilmente encontraremos uma outra terminologia que é usada
em algumas situações, com o conceito de reencarnação, e que é a palavra “ressurreição”.
Quatro são as idéias que eles tinham sobre ressurreição:
1ª - alguém voltar a viver na condição de espírito;
2ª - reviver no mesmo corpo físico;
4
3ª - voltar a viver num outro corpo físico; e
4ª - ressurgir em espírito e, nessa condição, influenciar uma pessoa.
Mais informações sobre essas quatro idéias poderão ser vistas, neste livro, no capítulo
Ressurreição, o significado Bíblico.
Para exemplificar a terceira idéia, podemos citar a narrativa de Lucas (9,18-20) sobre o
episódio em que Jesus pergunta aos seus discípulos o que o povo pensava dele, ao que lhe
responderam: "Alguns dizem que tu és João Batista; outros, que és Elias; mas outros acham
que tu és algum dos antigos profetas que ressuscitou". Pela resposta podemos perceber
que é exatamente a idéia da reencarnação, pois Jesus só poderia ser Elias, Jeremias, que é
citado em Mt 16,14, ou algum outro dos antigos profetas, se aceitassem essa possibilidade de
ressurreição no sentido de reencarnação, termo, inclusive, usado no texto. A prova que não
entendiam bem sobre a reencarnação, aqui com o nome de ressurreição, é pelo fato de terem
citado João Batista, que foi contemporâneo de Jesus.
Considerando que nos foi informado que Nicodemos era um fariseu, não podemos deixar
de falar dessa classe política e religiosa que existia àquela época. Nós buscaremos esta
informação num historiador que viveu naquele tempo, chamado Flávio Josefo. Suas obras
históricas são: “Antiguidades Judaicas”, “Guerra dos Judeus” e “Resposta de Flávio Josefo a
Ápio”, que, em nosso caso, fazem parte do livro História dos Hebreus.
E a título de informação transcrevemos:
Quem foi Flávio Josefo? Foi ele um escritor e historiador judeu que viveu entre 37 a 103 d.C.
Seu pai foi sacerdote e sua mãe descendia da casa real hasmoneana. Portanto, Josefo era de
sangue real. Ele foi muito bem instruído na vasta cultura judaica, bem como na grega. Falava
perfeitamente o latim – o idioma do Império Romano, e também o grego. Logo cedo na vida
demonstrou intenso zelo religioso, filiando-se ao grupo religioso dos fariseus. (...) (p. 41).
Ele, descrevendo a maneira de viver dos fariseus, coloca:
(...) Eles julgam que as almas são imortais, que são julgadas em um outro mundo e
recompensadas ou castigadas segundo foram neste, viciosas ou virtuosas; que umas são
eternamente retidas prisioneiras nessa outra vida e que outras voltam a esta. (...) (p. 416). (grifo
nosso).
E quando alguns soldados, derrotados na guerra contra os romanos, pensavam em
suicidar-se, alerta-os dizendo:
(...) Não sabeis que Ele difunde suas bênçãos sobre a posteridade daqueles, que depois de
ter chamado para junto de si, entregam em suas mãos, a vida, que, segundo as leis da natureza,
Ele lhes deu e que suas almas voam puras para o céu, para lá viverem felizes e voltar, no
correr dos séculos, animar corpos que sejam puros como elas e que ao invés, as almas dos
ímpios, que por loucura criminosa dão a morte a si mesmos são precipitados nas trevas do inferno;
(...) (p. 600). (grifo nosso)
Assim, é justo dizer que os fariseus acreditavam numa ressurreição em outro corpo. Ora,
isso não é nada mais nada menos do que aquilo que entendemos por reencarnação.
Podemos, ainda, para corroborar a afirmativa de que ela era crença no judaísmo, trazer
para comprovação os conhecimentos contidos na Cabala, que, segundo seus estudiosos, é o
significado mais profundo e oculto da Torá.
O Rabino Philip S. Berg, em “Reencarnação as Rodas da Alma”, diz que:
A palavra hebraica para reencarnação é Guilgul Neshamot, que literalmente quer dizer ‘roda
da alma’. É para esta vasta roda metafísica, com sua coroa constelada de almas, como estrelas nas
bordas de uma galáxia, que devemos dirigir nosso olhar, se desejamos ver além da aparência da
inocência punida e da maldade recompensada. Guilgul Neshamot é uma roda em constante
movimento e, ao girar, as almas vêm e vão diversas vezes, num ciclo de nascimento, evolução e
morte e novo nascimento. A mesma evolução ocorre com o corpo no decorrer de uma única vida.
Ocorre o nascimento, o crescimento das células, a paternidade e a morte – novos corpos
produzidos pelos antigos, dando assim continuidade à forma física. É sempre um pai que concede
sua semente para que haja continuidade, num processo sem fim. (pp. 17-18).
Severino Celestino, citando o Rabino Shamai Ende, diz:
Sobre a Reencarnação, apresentamos, aqui, para ilustrar, o depoimento do Rabino Shamai
Ende, colaborador da Revista Judaica ‘Chabad News’,publicação de Dez a Fev 1998. Vejamos o
texto na íntegra: ‘O conceito de Guilgul (Reencarnação) é originado no judaísmo, sendo que
uma alma deve voltar várias vezes até cumprir todas as mistsvot(1) da Torá. Além disso, cada
alma tem uma missão específica. Caso não tenha cumprido a sua, a alma deve retornar a este
mundo para preencher tal lacuna. Somente pessoas especiais sabem exatamente qual é sua
missão de vida. (...)’.
5
__________
(1) Mitsvot – plural de mitsvá que significa mandamento ou prática de boas obras – caridade.
(DA SILVA, p. 161) (grifo do original).
Disso podemos concluir que Nicodemos, sendo um fariseu, fatalmente acreditava que
alguém poderia voltar; entretanto, não sabia como isso poderia acontecer, razão daquelas suas
perguntas a Jesus.
Jesus estaria pregando o Batismo?
Um fato incontestável é que Jesus nasceu, viveu e morreu como judeu. Também não há
como discutir que o batismo não era a prática ritualística no judaísmo, que sabemos ser a da
circuncisão, ato a que, segundo narrativa no Evangelho, o próprio Jesus foi submetido.
Curioso é que, dos quatro evangelistas, somente João diz algo sobre o batismo. Primeiro,
ele afirma que Jesus batizava (Jo 3,22); entretanto, logo depois contradiz o que disse antes
dizendo que Jesus mesmo não batizava, mas sim os seus discípulos (Jo 4,2), o que nos deixa
desconfiados, pois sabemos que os Evangelhos foram escritos em grego, exceto o de Mateus
que foi em aramaico, e que João era iletrado, portanto, sem instrução (At 4,13); como, então,
poderia ter escrito o Evangelho que lhe é atribuído? Por isso, não é absurdo supor que, na
verdade, outra pessoa o escreveu, fato que nos coloca diante também da possibilidade de que
os textos poderiam ter sido “ajeitados” aos interesses dogmáticos daquela época. Todavia, a
contradição pode ser apenas aparente, já que o batismo de Jesus não era o mesmo batismo de
João Batista. Sobre isso encontramos uma passagem que diz: “Eu, na verdade, vos batizo em
água, na base do arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu,
que nem sou digno de levar-lhe as alparcas; ele vos batizará no Espírito Santo, e em
fogo.” (Mt 3,11).
Outrossim, considerando que Nicodemos “era membro do Conselho supremo chamado
Sinédrio” (Bíblia Sagrada Ave Maria, p. 1386), portanto, entendedor das práticas ritualistas dos
judeus, não teria cabimento a pergunta (És mestre em Israel e ignoras essas coisas?) feita por
Jesus a Nicodemos, se Jesus tivesse se referindo ao batismo, pois, se fosse mesmo isso, a ele,
Nicodemos, era muito fácil de entender. Se desconhecia é porque, na verdade, era sobre outra
coisa que Jesus lhe falava. Pelos seus questionamentos ao Mestre, fica claro que era algo mais
profundo do que um simples batismo, tendo que ser de um assunto mais complexo que esse.
Com certeza, a reencarnação é algo assim, já que a maioria das pessoas por “ignorar essas
coisas”, não sabem exatamente sobre “como pode um homem velho voltar a nascer de novo”;
daí fazer a mesma pergunta que fez Nicodemos: “porventura irá entrar no ventre de sua mãe
para nascer pela segunda vez?” A esses responderemos igual a Jesus: “Não te admires disso”.
Não obstante tudo isso, se o batismo nas águas fosse mesmo uma prática recomendada
aos Cristãos, porque Paulo não deu ênfase a isso? Ele mesmo o responde:
“Para que ninguém diga que fostes batizados em meu nome. É verdade, batizei também
a família de Estéfanas, além destes, não sei se batizei algum outro. Porque Cristo não
me enviou para batizar, mas para pregar o evangelho; não em sabedoria de palavras,
para não se tornar vã a cruz de Cristo”. (1Cor 1,15-17).
Informa-nos L. Palhano Jr.:
(...) A água tinha grande simbolismo entre os hebreus; tanto o espírito como as água são
fecundos (Is 32:15; 44:3; Ez 36:25-27); o espírito é coisa que Deus envia e derrama, como água (Jl
3:1-2; Zc 12:10). Água era uma expressão para indicar influências boas ou más, como no (Sl 1:3):
“Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto na estação
própria, e cujas folhas não caem; e tudo quanto fizer prosperará”. (...) (p. 403). (grifo do original)
Daí a necessidade de entendê-la pelo seu simbolismo e não no sentido literal como
querem se apegar os que não acreditam na reencarnação. Ademais, se compararmos os
versículos 5 e 6 e a respectiva conclusão no 7, veremos que não poderá ser mesmo do batismo
que Jesus falava. Existe uma evidente relação entre o versículo 5 e o 6, especificamente nas
expressões “nascer da água” com “nasceu da carne é carne” e “nasceu do Espírito” com
“nasceu do Espírito é espírito”. Essa relação nada tem a ver com batismo e nem mesmo com
renovação espiritual como acreditam muitos outros, já que Jesus finaliza taxativo: “Não te
admires de eu te haver dito: deveis nascer de novo” (v. 7), significando que o homem
fisicamente descende do homem, e o Espírito provém de Deus.
Por outro lado, sendo a reencarnação coisa da terra, explicaria, indubitavelmente, essa
fala final de Jesus a Nicodemos: “Se não credes quando vos falo das coisas da terra, como
crereis quando vos falar das coisas do céu?” (v. 12).
6
João Batista era Elias reencarnado?
Após tecer comentários sobre o diálogo entre Jesus e Nicodemos, Allan Kardec conclui:
Se o princípio da reencarnação, conforme se acha expresso em S. João, podia, a rigor, ser
interpretado em sentido puramente místico, o mesmo já não acontece com esta passagem de S.
Mateus, que não permite equívoco: ELE MESMO é o Elias que há de vir. Não há aí figura, nem
alegoria: é uma afirmação positiva. (...) (ESE, Capítulo IV, p. 62).
Igualmente julgamos oportuno abordar essa questão, já que é um dos argumentos que
reforçam a reencarnação, pois aqui irá nos ajudar a fortalecer a convicção que essa idéia era,
de fato, não somente comum à época de Jesus, como também está presente no texto bíblico.
Primeiramente, citaremos a passagem em que Jesus faz o reconhecimento público da
identidade de João Batista, narrado em Mt 11,7-14:
“Os discípulos de João partiram, e Jesus começou a falar às multidões a respeito de
João: ‘O que é que vocês foram ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? O que
vocês foram ver? Um homem vestido com roupas finas? Mas aqueles que vestem roupas
finas moram em palácios de reis. Então, o que é que vocês foram ver? Um profeta? Eu
lhes afirmo que sim: alguém que é mais do que um profeta. É de João que a Escritura
diz: 'Eis que eu envio o meu mensageiro à tua frente; ele vai preparar o teu caminho
diante de ti'. Eu garanto a vocês: de todos os homens que já nasceram, nenhum é maior
do que João Batista. No entanto, o menor no Reino do Céu é maior do que ele. Desde os
dias de João Batista até agora, o Reino do Céu sofre violência, e são os violentos que
procuram tomá-lo. De fato, todos os Profetas e a Lei profetizaram até João. E se vocês o
quiserem aceitar, João é Elias que devia vir. Quem tem ouvidos, ouça’".
A profecia citada por Jesus é a de Malaquias (3,1), que, mais à frente (vv 23-24),
identifica quem será esse mensageiro:
“Vejam! Eu mandarei a vocês o profeta Elias, antes que venha o grandioso e terrível
Dia de Javé. Ele há de fazer que o coração dos pais voltem para os filhos e o coração dos
filhos para os pais; e assim, quando eu vier, não condenarei o país à destruição total”.
Quando o anjo anuncia a Zacarias que sua esposa estava grávida, diz ele sobre o
menino:
“Ele reconduzirá muitos do povo de Israel ao Senhor seu Deus. Caminhará à frente
deles, com o espírito e o poder de Elias, a fim de converter os corações dos pais aos
filhos e os rebeldes à sabedoria dos justos, preparando para o Senhor um povo bem
disposto". (Lc 1,16-17).
Além de fechar com a citação final da profecia de Malaquias, ressaltemos que ainda é
sintomática a expressão “com o espírito e o poder de Elias”, compreensível aos que acreditam
na reencarnação.
Aqui merecem destaque dois versículos dessa citação que estamos analisando.
O primeiro é aquele que diz “de todos os homens que já nasceram, nenhum é maior do
que João Batista” (Mt 11,11). Analisando-o, chegamos à conclusão que, se não houver uma
etapa anterior em que as pessoas possam evoluir, João Batista foi um ser privilegiado, pois já
veio “maior que todos os homens”; quer dizer, mais evoluído que todos os homens, fato que
contraria o princípio de que “Deus não faz acepção de pessoas” (At 10,34). No entanto, é
plenamente coerente, quando se aceita a reencarnação como um fator de progresso do Espírito.
Por outro lado, completa Jesus: “No entanto o menor no reino dos céus é maior que ele” (Mt
11,11), o que dentro de uma justiça divina, só poderá ocorrer se houver a todos nós a
possibilidade de evoluirmos em outras vidas.
O segundo é o que o segue, onde está dito: “Desde os dias de João Batista até agora, o
Reino do Céu sofre violência...” (Mt 11,12). Importante esta afirmativa, mas ela só caberia se
João Batista tivesse vivido antes, já que não há sentido algum dizer isso citando uma pessoa
contemporânea. Explicando melhor, poderíamos dizer que “desde o tempo em que João Batista
viveu como Elias, o Reino dos Céus sofre violência...”; dessa forma ficará perfeitamente lógica a
afirmativa, coisa que não acontecerá, se não aceitarmos que João Batista seja a reencarnação
do profeta Elias,como também ficará de acordo com a afirmativa de Jesus: “João é Elias que
devia vir” (Mt 11,14).
Jesus, prevendo a incredulidade de muitos, ainda alerta: “Ouça quem tem ouvidos de
ouvir” (Mt 11,15), ou seja, se quiser ouvir o que estou afirmando é exatamente isso: João
Batista é o Elias reencarnado.
7
A outra passagem, é aquela em que Jesus sobe ao monte Tabor e se transfigura (Mt 17,
1-9), ocasião em que aparecem os espíritos de Moisés e Elias e conversam com Jesus. Na
seqüência (vv. 10-13) é narrada a dúvida dos discípulos, pois, ao verem Elias, ficaram
preocupados em relação à profecia a respeito de sua volta (Ml 3,1.23-24). Explica-lhes Jesus:
"Elias vem para colocar tudo em ordem. Mas eu digo a vocês: Elias já veio, e eles não o
reconheceram. Fizeram com ele tudo o que quiseram..." (v. 11-12). A essa explicação “os
discípulos compreenderam que Jesus falava de João Batista” (v. 13). Não precisa ser mais
óbvio.
Entretanto, algumas pessoas, dando mais crédito ao discípulo do que ao Mestre (Mt
10,24), alegam, contra a crença na reencarnação, que João Batista afirmou não ser Elias,
esquecendo-se de que aqui que se aplica o “Porque nós somos de ontem e nada sabemos” (Jó
8,9).
Considerando que “Deus é Espírito” (Jo 4,24), “O espírito é que dá a vida a carne não
serve para nada” (Jo 6,63) e “a carne e o sangue não podem herdar o Reino dos céus” (1Cor
15,50), não podemos aceitar que Elias tenha sido arrebatado de corpo e alma ao céu.
Fatalmente, aconteceu a ele, como acontecerá a todos nós, o “e ao pó retornarás” (Gn 3,19).
Estamos adiantando aos que tentariam justificar que João Batista não poderia ser Elias
reencarnado, já que Elias não ultrapassou o portal da morte.
Conclusão
Ainda poderemos colocar que, para algumas situações que passamos nessa vida,
somente se acreditarmos na reencarnação é que encontraremos explicação satisfatória. Muitas
das nossas dores e sofrimentos são provenientes de erros pretéritos, fato não ignorado na
época de Jesus, já que supunham que uma pessoa poderia vir com certa deformidade em
virtude do passado delituoso. Essa crença é perfeitamente percebida quando, ao verem um
cego de nascença, os discípulos perguntam a Jesus: “Quem foi que pecou foi ele ou seus pais?”
(Jo 9,2).
Jesus faz uma relação clara entre nossos erros (pecados) e situações dolorosas, ao dizer
a um doente que acabara de curar: “não peques mais, para que te não aconteça coisa pior” (Jo
5,14). Somente haverá sentido em se falar em carma, para nós espíritas Lei de ação e reação,
se houver a crença na reencarnação, já que ambos os conceitos estão intimamente ligados.
Poderemos ainda acrescentar que é pela reencarnação que todos nós um dia estaremos
no reino dos Céus, uma vez que esse é o destino fatal de todos nós, já que é do desejo de Deus
que todos os homens sejam salvos (1Tm 2,4). Certa feita, Jesus disse aos chefes dos
sacerdotes e anciãos do povo “... Eu garanto a vocês: os cobradores de impostos e as
prostitutas vão entrar antes de vocês no Reino dos Céus” (Mt 21,31), demonstrando claramente
que, apesar de tudo, eles um dia estariam no Reino dos Céus; apenas que os detestáveis
cobradores de impostos e as desprezadas prostitutas chegariam antes deles.
André Luiz, pela psicografia de Chico Xavier, disse, ao comparar a encarnação do espírito
num corpo físico, que é o mesmo que estarmos numa prisão. Então, lembramo-nos de um final
de uma fala de Jesus em que afirma: “... você irá para a prisão. Eu garanto: daí você não sairá,
enquanto não pagar até o último centavo" (Mt 5,25-26). Além do progresso, essa é também
mais uma utilidade da reencarnação, ou seja, por ela todos nós, quitamos os nossos débitos
perante as leis divinas. Aliás, preferimos a isso que irmos irremediavelmente para um inferno
eterno, onde nunca conseguiremos pagar nossos débitos, situação em que a Justiça humana
seria muito melhor que a divina.
Concluímos seguramente, sem nenhum medo de estarmos errados, que realmente a
passagem analisada diz da reencarnação. O contexto histórico nos dá conta de que a
reencarnação era crença no judaísmo, embora com o nome de ressurreição. A grande
dificuldade é que encontramos essa palavra com vários sentidos; daí a grande confusão que
causa a alguns, principalmente àqueles que não querem, por razões dogmáticas, aceitar a
reencarnação como uma realidade.
Citaremos, para corroborar o que temos dito aqui, o que os pesquisadores Kersten e
Gruber disseram no livro O Buda Jesus:
Analisando as teorias de Pitágoras, descobrimos que sua teoria da reencarnação veio da
Índia. Apesar de todos os expurgos, essa idéia também é preservada em várias passagens do
Novo Testamento, a ponto de ter-se a impressão de que esse conceito não-cristão foi ensinado
pelo próprio Jesus. [...]
Pode-se portanto afirmar que, nessa época, a idéia do renascimento e da transmigração da
alma estava enraizada no sentimento popular dos judeus. Isso pode ser demonstrado em várias
passagens do Novo Testamento. Lembramo-nos da pergunta dos discípulos a Jesus sobre o
8
homem que era cego de nascença: “Quem pecou, ele ou os pais para que ele tenha nascido cego?”
(João 9,20. A hipótese de que o próprio homem tivesse pecado pressupõe, naturalmente, que
o pecado tivesse sido cometido numa vida anterior, constituindo uma aceitação da idéia do
carma. [...]
Essa crença evidente no renascimento que encontramos no Novo Testamento não era, de
modo algum, familiar aos judeus dos primeiros tempos. Foi a filosofia helênica que a disseminou por
todas as regiões dentro de sua esfera de influência. O conceito de renascimento (gilgul) só se
tornou conhecido nos círculos judaicos por volta do início do nosso milênio. Os talmudistas
acreditavam que Deus havia criado um número determinado de almas judias, que renasciam
constantemente. Como punição elas, retornavam no corpo de animais. De acordo com essa idéia, o
ser humano tinha que experimentar uma longa transmigração da alma (gul-neschama) até alcançar
a redenção (tikkun – a harmonia). A idéia de que a redenção só ocorre quando é atingido o objetivo
do desenvolvimento terreno indica a origem hindu e budista do conceito e só surgiu entre os judeus
durante o período helênico.
A idéia da reencarnação sem dúvida ocupou um lugar de destaque na visão que Jesus
tinha da vida. Isso coloca duas possibilidades: ou Jesus era um mestre da sabedoria helenista que
adotou o conceito de renascimento como uma abordagem filosófica, ou extraiu a idéia de fontes
hindus. No entanto, a maneira pela qual a idéia do renascimento é integrada à sua mensagem,
constituindo um componente fundamental de seu entendimento sobre a redenção, torna a hipótese
das raízes hindus muito plausível. Apenas na Índia a reencarnação desfrutou de tal aceitação, e
apenas na Índia ela esteve ligada a uma moral semelhante à que Jesus divulgou na Palestina. É por
isso que os ensinamentos budistas de Jesus soavam tão estranho aos judeus.
O tema renascimento está presente em muitas passagens do Novo Testamento15. Jesus fala
de suas vidas passadas e de seu retorno, assumindo desta forma uma clara defesa da idéia
da reencarnação. Sua referência mais explicita a uma existência anterior (“Antes que Abraão fosse,
eu sou” - João 8:58) encontra um paralelo no mais antigo relato sobre a vida de Buda, o
Nidanakartha, onde o Desperto é apresentado como um ser preexistente desde o início dos tempos.
As passagens mais importantes do Novo Testamento em que Jesus revela sua crença
no renascimento estão no Evangelho segundo João (João 3:1-4, 7:9-11). Infelizmente, elas
têm sido enormemente mutiladas por traduções incorretas. Graças ao cuidadoso trabalho de
Günther Schwarz, muitos desses erros foram corrigidos. Em diversas publicações, esse teólogo
conseguiu restabelecer o texto aramaico original dos Evangelhos a partir das traduções gregas
existentes, que usou então como base para urna nova versão alemã. O resultado de todos esses
anos de trabalho é a obra Jesus-Evangelium16, na qual, com a ajuda de seu filho Jörn Schwarz,
reuniu os quatro Evangelhos canônicos e fontes não-bíblicas. Esse "Evangelho de Jesus" será uma
constante fonte de referência em nossa análise dos paralelos com o budismo. As citações dessa
obra serão abreviadas como "JeEv".
Na tradução correta, o verdadeiro significado das idéias de Jesus sobre o renascimento se
torna evidente. Uma noite, sabendo que Jesus "fora enviado como mestre" (JeEv 5:11), Nicodemos,
um fariseu, foi até ele. Na tradução alemã usual, a conversa com Nicodemos é acompanhada por
incompreensíveis palavras de Jesus: "Se um homem não nascer do alto, não poderá ver o reino de
Deus" (João 3:3). A versão não autorizada é menos enigmática: "Se o homem não nascer de novo,
não poderá ver o reino de Deus". Nos séculos seguintes, a Igreja empenhou-se em suprimir do
Novo Testamento todas as referências à reencarnação, sem contudo conseguir eliminá-las
totalmente. Nessa nova versão, corretamente traduzida, a intenção das palavras de Jesus volta a
se tornar clara. Nicodemos pergunta a Jesus: "O que devo fazer para entrar no Reino de Deus?"
Jesus responde: "Em verdade, em verdade, vos digo: quem não nascer de novo e de novo, não
poderá ser (re)admitido no Reino de Deus". Nicodemos então pergunta: "Como pode um homem
nascer de novo e de novo se já é velho? Pode ele voltar ao ventre da mãe e nascer de novo?" Ao
que Jesus replica: "Não te admires do que eu disse, é preciso nascer de novo e de novo".
O que está em questão é a readmissão no Reino de Deus como princípio e fim da existência
humana. Essa lição deve ser compreendida à luz das passagens da Bíblia em que Jesus diz que
João Batista é Elias que voltou à terra (Mateus 11:13-15, 17:10-13; Marcos 9:11-13) e em que ele
próprio é considerado um Elias, um Jeremias ou um dos outros profetas renascido. Não existe pois
nenhuma dúvida de que Jesus estava falando de um renascimento físico, no sentido hindu
de reencarnação. Visto nesse contexto, o erro de tradução de um famoso versículo de Mateus
(18:3) deve ser corrigido. Jesus supostamente teria dito: "Se não vos converterdes e não vos
fizerdes como crianças...", quando o surpreendente resultado da tradução correta é: "Se não
renascerdes, não entrareis no Reino dos Céus"17. (JeEv 5:12-16).
________
15.Otto Flink (Schopenhauers Seelenwanderungslehre und ihre Quellen) menciona as seguintes passagens:
Mateus 14:1-2, 1Cor 15:35-55; Mateus 17:9-12; Lucas 9:7,8,19; Marcos 9:9-13; Mateus 19:28-30; João 3,3 e 3:8.
Ele acredita que a idéia de carma está presente em João 9:2-3; Mateus 19:30; Mateus 5:4,26; Marcos 10:19-31;
Lucas 18:29-20.
16. Schwarz e Schwarz (1993).
17. Schwarz (1990), p. 46
(KERSTEN e GRUBER, s/d, pp. 131-132). (grifo nosso).
Acreditamos que, por motivos de interesses de poder e de dinheiro, a liderança religiosa
atual não faz a mínima questão de esclarecer essas dúvidas, pois estariam colocando em risco
esses seus interesses. Mas estamos confiantes em que, muito mais cedo do que querem alguns,
9
a ciência dará o veredicto definitivo, quando provar categoricamente a lei natural da
reencarnação, única coisa pela qual poderemos explicar inúmeros questionamentos humanos, e
é por ela que a Justiça de Deus se manifesta em plenitude. Sobre isso o leitor encontrará
informações no endereço: http://geocities.yahoo.com.br/existem_espiritos/.
Paulo da Silva Neto Sobrinho
Dez/2004. (Revisado jan/2007).
(revisado frazão)
Referências Bibliográficas
BERG, P, Rabino. Reencarnação – As Rodas da Alma, São Paulo: Centro de Estudos da Cabala, 1998.
DA SILVA, S. C. Analisando as Traduções Bíblicas. João Pessoa-PB: Idéia, 2001.
ESPINOSA, B. Tratado Teológico-Político. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
JOSEFO, F. História dos Hebreus. Rio de Janeiro: CPAD, 7ª ed. 2003.
KERSTEN, H. e GRUBER, E. R. O Buda Jesus – as fontes budistas do cristianismo, São Paulo: Best Seller,
s/d.
PALHANO Jr. L. Teologia Espírita. Rio de Janeiro: CELD, 2001.
A Bíblia Anotada. São Paulo: Mundo Cristão, 1994.
Bíblia Sagrada, 68ª ed. São Paulo: Ave Maria, 1989.
Bíblia Sagrada, Edição Barsa. Rio de Janeiro: Catholic Press, 1965.
Bíblia Sagrada, Edição Pastoral. 43ª imp. São Paulo: Paulus, 2001.
Bíblia Sagrada, 37a. ed. São Paulo: Paulinas, 1980.
Bíblia Sagrada, 5ª ed. Aparecida-SP: Santuário, 1984.
Bíblia Sagrada, 8ª ed. Petrópolis-RJ: Vozes, 1989.
Bíblia de Jerusalém, nova edição. São Paulo: Paulus, 2002.
Bíblia do Peregrino. São Paulo: Paulus, 2002.
Bíblia Sagrada, Brasília-DF: Sociedade Bíblica do Brasil, 1969.
Escrituras Sagradas, Tradução do Novo Mundo das, Cesário Lange-SP: STVBT, 1986.